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CPI: Capitã Cloroquina diz que Saúde orientou 'todos médicos brasileiros' a usar tratamento precoce

© Folhapress / Frederico Brasil/Futura PressSecretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, depõe na CPI da Covid no Senado Federal em Brasília (DF)
Secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, depõe na CPI da Covid no Senado Federal em Brasília (DF) - Sputnik Brasil, 1920, 25.05.2021
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A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, disse em depoimento à CPI da Covid que a pasta orientou médicos em todo país sobre uso de remédios como a cloroquina.

Conhecida como Capitã Cloroquina, ela afirmou que seria "inadmissível" não recomendar o uso de medicamentos para o tratamento precoce contra a COVID-19. A utilização de remédios como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina não tem eficácia comprovada contra o coronavírus. 

Desde o início da pandemia, porém, o presidente Jair Bolsonaro defende o uso desses produtos

"A orientação [para o uso] é para todos os médicos brasileiros, não só para Manaus", disse Pinheiro, ao ser perguntada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se houve orientação para tratamento precoce durante a crise sanitária de Manaus. 

A servidora ressaltou ainda que o Conselho Federal de Medicina (CRM) autorizou o uso desses remédios. A entidade emitiu parecer técnico no ano passado afirmando que, embora não exista comprovação científica da eficácia do tratamento precoce, a prescrição dos medicamentos era decisão de cada médico. 

'Inadmissível' não usar cloroquina

Ao ser questionada se ela ainda mantinha a defesa do uso da cloroquina, a funcionária do Ministério da Saúde afirmou que sim. 

"Eu mantenho a orientação enquanto médica de que possamos usar todos os recursos possíveis", disse. 

A servidora admitiu que, durante a crise sanitária de Manaus, disse em ofício enviado para a Secretaria de Saúde da cidade que era inadmissível que a cloroquina não fosse usada em pacientes de COVID-19. 

"No contexto da quantidade de óbitos, como médica, é inadmissível não ter a adoção de todas as medidas", afirmou. 

Mayra Pinheiro também eximiu o governo de qualquer de qualquer culpa no caos vivido em Manaus no início do ano, quando pacientes de COVID-19 morreram pela falta de oxigênio. 

"Nenhuma responsabilidade [do governo]. A responsabilidade da doença é do vírus", disse.
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