O presidente sírio ganhou um quarto mandato depois de conseguir 95,1% dos votos, segundo informações da agência SANA. Assad governará por mais sete anos, após ter obtido aproximadamente 13.540.860 votos, o que representa uma participação de 78% da população.
Vale lembrar que, em 2014, ele teve 88,7% dos votos. Portanto, sua popularidade aumentou entre os sírios.
Assad era o favorito para reeleição na Síria. Em entrevista publicada ontem (26) pela Sputnik, Taleb Ibrahim, analista político baseado em Damasco, afirmou que Bashar al-Assad é visto como a pessoa mais adequada para estar no comando de um país dilacerado pela guerra.
"Ele é visto como um líder que dirigiu o país durante esta guerra complicada. Ele também é visto como uma pessoa que pode se manter firme em face da agenda ocidental e é ele quem pode ajudar o povo sírio a recuperar a estabilidade e a paz", comentou.
Taleb Ibrahim ainda apontou algumas de suas realizações, como ligar o país à Internet, abrir vários bancos, colocar a educação à disposição das massas, e introduzir uma série de reformas econômicas.
A Rússia foi uma das autoridades internacionais que observou a validade do pleito sírio. Para Leonid Slutsky, chefe do Comitê para Assuntos Internacionais da câmara baixa do Parlamento russo, não foram registradas violações sérias durante as eleições.
Recentemente, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borell, declarou que, de acordo com avaliações da UE, as eleições presidenciais na Síria não decorreram de acordo com os critérios de votação democrática.
Com relação a este posicionamento, Leonid Slutsky respondeu: "As declarações sobre o caráter não democrático da votação não correspondem à realidade. Todos os sírios que se encontravam no país tiveram a possibilidade de votar, enquanto a organização das eleições esteve em total conformidade com todas as normas e padrões internacionais".