O documento foi enviado ao Ministério dos Transportes de Belarus no dia 26 de maio. O CEO da Ryanair considerou a correspondência prévia recebida das autoridades oficiais da república "inexata". Ele também declarou que o avião foi "ilegalmente redirecionado sob falso pretexto".
"O comandante do avião não teve outra opção além de redirecionar [o avião] para Minsk quando os controladores de Minsk o avisaram sobre uma ameaça real de explosão do avião", conforme citado pela Reuters.
Além disso, de acordo com a carta, os especialistas forneceram à tripulação a falsa informação de que a Ryanair alegadamente não respondia às ligações telefônicas.
A própria companhia aérea não respondeu ao pedido de comentar esses dados.
No último domingo (23), uma aeronave da companhia Ryanair com mais de 120 passageiros a bordo, que fazia a rota entre Atenas e Vilnius, precisou realizar uma aterrissagem de emergência em Minsk por uma suposta ameaça de bomba, que depois não se confirmou.
As autoridades belarrussas enviaram um caça MiG-29 para escoltar a aeronave e, durante sua escala forçada em Minsk, detiveram o jornalista Roman Protasevich. Protasevich, cujos canais no Telegram foram utilizados para coordenar os protestos pós-eleitorais em Belarus, é acusado por Minsk de vários delitos, entre eles a organização de distúrbios públicos, o que poderia lhe render uma pena de até 15 anos de prisão.
Os países ocidentais criticaram a ocorrência, declarando que Minsk obrigou o avião a pousar sob um pretexto inventado. O lado belarusso não concorda com tais acusações e afirma que foi o próprio comandante da aeronave quem tomou a decisão sobre o pouso.
Pouco depois, as autoridades aéreas de Belarus divulgaram a transcrição da conversa entre o piloto e o controlador aéreo, a qual não contém quaisquer ameaças contra a tripulação.