O Exército de Libertação Popular (ELP) da China usa um sistema de três "camadas" para investigar casos de "objetos voadores não identificados" - ou simplesmente OVNIs. Este se baseia em relatórios de estações de radar militares, pilotos da Força Aérea, delegacias da polícia, estações meteorológicas, e observatórios da Academia Chinesa de Ciências, de modo a reunir o máximo de dados possível sobre estes misteriosos objetos voadores, de acordo com o South China Morning Post.
As informações coletadas são, deste modo, processadas pelos militares e passam por uma análise preliminar, antes de serem submetidas para um banco de dados nacional. A sede do ELP, então, confere um "índice de ameaça" a cada avistamento, com base no comportamento, características físicas e quaisquer outras variáveis relevantes do objeto.
Contudo, devido ao crescente número de relatos de avistamentos, a força-tarefa de OVNIs do ELP se viu forçada a ter de utilizar inteligência artificial para ajudar na separação dos dados.
No final, porém, muitos dos relatos acabam por ser fenômenos naturais que são detectados por radares ou acionam sensores eletrônicos, segundo pesquisadores militares chineses citados pela mídia chinesa.
O primeiro avistamento de OVNIs oficialmente confirmado na China ocorreu em 1998, quando dois jatos militares interceptaram um objeto voando a baixa altitude, sobre uma base aérea em Cangzhou, na província de Hubei. O objeto foi descrito como um "cogumelo com perna curta" com feixes de luz descendo de sua parte inferior. No entanto, este conseguiu acelerar rapidamente antes de desaparecer do radar, conforme conta uma reportagem sobre o sucedido, referida na matéria.
Apesar de ganhar cada vez mais popularidade na China, nos EUA, por sua vez, todo o assunto sobre OVNIs acaba sendo motivo de ansiedade e alguma tensão política. No final de abril deste ano, Luis Elizondo, ex-diretor do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas do Pentágono, disse que os responsáveis pela segurança nacional não compartilham mais informações sobre OVNIs porque estas poderiam "desafiar crenças".
Desde então, houve já vários repórteres que tentaram obter mais informação sobre que segredos o governo norte-americano guarda, ou não, sobre esses eventos misteriosos.