Uma força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que supervisiona ações do Distrito Federal no combate à COVID-19 no estado, declarou que está observando incoerências nas informações prestadas pela secretaria de Saúde sobre a vacinação de gestores educacionais, segundo o Correio Braziliense.
O MPDFT cobrou mais informações da secretaria de Educação quanto aos critérios usados para incluir gestores educacionais na primeira etapa de imunização da categoria, já que o acordado seria somente a vacinação de trabalhadores de creches públicas e privadas.
Segundo o órgão, quando a vacinação começou em maio, a secretaria de Saúde justificou que a restrição a esse grupo se devia à quantidade reduzida de vacinas disponíveis. Na véspera do início da vacinação, a pasta anunciou que 20% das doses serão reservadas aos gestores. Por isso, ainda em maio, a força-tarefa pediu informações sobre o motivo de os gestores também terem sido vacinados e não só os trabalhadores de creches.
De acordo com a mídia, a secretaria de Educação tem até esta quinta-feira (10) para informar ao MPDFT quais foram os critérios aplicados para elaborar a lista de trabalhadores da educação que deveriam ser imunizados na primeira etapa de vacinação contra a COVID-19 e como os profissionais das creches foram selecionados.
Ao ser questionada sobre o pedido de explicação do MPDFT, a secretaria de Educação afirmou que "vai responder tempestivamente ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios" e que "todos os questionamentos dos órgãos de controle são respondidos dentro dos prazos estabelecidos".
Segundo a mídia, a campanha de vacinação dos trabalhadores da educação havia sido interrompida no final de maio, mas foi retomada semana passada. Até agora, 6.231 profissionais foram imunizados com a primeira dose.