De acordo com a notificação do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, o país sairá oficialmente do Tratado de Céus Abetos em 18 de dezembro deste ano.
"As tentativas de obter vantagens unilaterais, ignorando ao mesmo tempo os interesses e preocupações da Rússia, estão condenadas ao fracasso", ressaltou a chancelaria.
"Toda a responsabilidade pelo colapso do Tratado está nos Estados Unidos. Nós entendemos que os EUA defendem ativamente a transparência no âmbito militar apenas nos casos em que eles esperam se beneficiar através disso de algumas de suas vantagens", declarou.
"Mas quanto se trata de medidas de abertura que afetem seu próprio território, eles recuam e começam a criar obstáculos ao cumprimento de tais compromissos, sem pensar nem na segurança europeia, nem nas preocupações dos aliados, nem na avaliação de sua própria capacidade de negociação", de acordo com o comunicado.
Além disso, a expectativa de Washington de que, após a saída do Tratado de Céus Abertos, eles obtenham vantagem não trará resultados.
"O cálculo de que a 'superioridade técnica' do Ocidente permitirá ultrapassar a Rússia, deixá-la de lado, também não se justificará. Isso aconteceu com a passagem para tecnologias digitais no cumprimento do Tratado de Céus Abertos – ela foi ativamente promovida pelos americanos, mas em resultado disso nosso país ultrapassou seus parceiros ocidentais em 8-9 anos. Estamos convencidos que também será assim agora, quando os EUA destroem o Tratado apostando nos meios técnicos de controle nacionais."
"Já faz muito tempo que os colegas ocidentais deveriam ter entendido: é impossível prover sua segurança sem levar em consideração os interesses da Rússia e seus aliados. Nós sempre encontramos uma resposta eficiente. Mas é melhor trabalharmos juntos de forma construtiva no fortalecimento da segurança europeia e global, inclusive com base nos muitos anos de experiência de cooperação entre os Estados no âmbito do Tratado", adicionaram na chancelaria russa.