Próxima etapa de procura por origem da COVID-19 deve ser focada nos EUA, diz epidemiologista chinês

© REUTERS / Danish SiddiquiPaciente com COVID-19 recebe tratamento em hospital de Nova Deli, na Índia. Foto de arquivo
Paciente com COVID-19 recebe tratamento em hospital de Nova Deli, na Índia. Foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 18.06.2021
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Um epidemiologista chinês disse que os EUA devem ser a prioridade na próxima fase de investigações sobre a origem da COVID-19, após um estudo mostrar que a doença poderia ter circulado no país norte-americano já em dezembro de 2019, segundo mídia.

Zeng Guang, epidemiologista chefe do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), disse à mídia que a atenção deve mudar para os Estados Unidos, que foi lento para testar pessoas no estágio inicial do surto e também possui muitos laboratórios biológicos.

"Todos os assuntos relacionados a armas biológicas que o país têm devem ser sujeitos a exame", de acordo com Guang, citado por Global Times.

O estudo, publicado nesta semana pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), mostrou que pelo menos sete pessoas em cinco estados norte-americanos foram infectadas com o vírus SARS-CoV-2 semanas antes dos EUA relatarem seus primeiros casos oficiais.

Comentando o estudo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, disse que agora é "óbvio" que o surto da COVID-19 tem "origens múltiplas" e que outros países deveriam cooperar com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A origem da pandemia se tornou uma fonte de tensões políticas entre a China e os Estados Unidos, com grande foco no Instituto de Virologia de Wuhan. A China tem sido criticada por falta de transparência em relação à divulgação de dados sobre casos precoces do coronavírus, bem como os vírus estudados no instituto.

Um dos estudos anteriores sugeriu a possibilidade do SARS-CoV-2 ter circulado na Europa já em setembro de 2019, mas especialistas disseram que isso não significa necessariamente que não se originou na China, onde muitos coronavírus semelhantes aos SARS foram encontrados na natureza.

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