Bolsonaro manda investigar suspeitas sobre compra da Covaxin
De acordo com informações da Secretaria Geral da Presidência nesta quarta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro ordenou que a Polícia Federal investigasse a declaração do deputado Luís Miranda (DEM-DF) que denunciou irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Em 22 de junho, o deputado federal disse, em entrevista ao Estado de S. Paulo, ter alertado o presidente, bem como o então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, sobre o alegado "esquema de corrupção pesado" envolvendo a aquisição da Covaxin. De acordo com documentos do Ministério das Relações Exteriores do país, o governo brasileiro comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% superior ao estabelecido antes pela própria fabricante. O deputado deve depor na CPI da Covid na sexta-feira (25), onde prometeu apresentar os documentos comprovantes das irregularidades.
- Entretanto, o Brasil confirmou mais 2.343 mortes e 114.139 casos de COVID-19, totalizando 507.240 óbitos e 18.170.778 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Ricardo Salles vira 16º ministro a sair do governo Bolsonaro
Nesta quarta-feira (23), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu a demissão ao governo federal, virando o 16º ministro a sair do governo Jair Bolsonaro. "Apresentei ao presidente o meu pedido de exoneração, que foi atendido", disse o ex-ministro, de acordo com pedido de exoneração publicado no Diário Oficial da União. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ex-ministro explicou sua decisão: "Na agenda nacional, precisa ter união forte de anseio e esforços, e que isso se faça de forma mais serena possível", cita o portal UOL. Em seu lugar entrou Joaquim Álvaro Pereira Leite. O novo ministro serviu por muitos anos como conselheiro da Sociedade Rural Brasileira e, desde setembro de 2020, exercia o cargo de secretário da Amazônia e Serviços Ambientais. No momento, o ministro cessante é alvo de inquérito por supostamente ter atrapalhado as investigações sobre apreensão de madeira, o que ele nega.
EUA proíbem importações de material para painéis solares de empresas chinesas
Na quarta-feira (23), a administração Biden proibiu as importações do principal material para painéis solares da empresa Hoshine Silicon Industry Co, com sede na China, e de mais três companhias do gigante asiático, bem como da organização Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC, na sigla em inglês). Fontes ligadas ao assunto comentaram à agência Reuters que o ban foi imposto devido às alegações de trabalho forçado. O Departamento do Comércio afirmou por sua vez que as companhias "têm estado implicadas em violações de direitos humanos e abusos na implementação da campanha chinesa de repressão, detenção arbitrária em massa, trabalho forçado e vigilância de alta tecnologia contra uigures, cazaques e outros membros de grupos minoritários muçulmanos" em Xinjiang. A região de Xinjiang é responsável por aproximadamente 45% das entregas mundiais de polissilício solar, de acordo com analistas da indústria. Uma das fontes afirmou que a medida está em concordância com os objetivos climáticos do presidente dos EUA Joe Biden e segue a linha de apoio à indústria solar doméstica.
Anunciada 1ª sentença em relação à invasão do Capitólio
Anna Morgan-Lloyd foi sentenciada a três anos de prisão, com suspensão condicional da pena, por participação da invasão do Capitólio em 6 de janeiro deste ano nos EUA. Ela virou assim a primeira pessoa sentenciada no caso, reportou a ABC News nesta quarta-feira (24). A mulher de 49 anos de idade, do estado de Indiana, admitiu a culpa de ter invadido o edifício do Capitólio. Além disso, ela também foi condenada a completar 40 horas de serviço comunitário e pagar US$ 500 (R$ 2.485). No mesmo dia, o diretor do Departamento Federal de Investigação, Christopher Wray, afirmou que mais de 500 pessoas foram presas em conexão ao ataque. Ele adicionou que milhares de outras investigações e sentenças mais severas ainda estão previstas. Em 6 de janeiro, um grupo de apoiadores do ex-presidente Donald Trump invadiu o edifício do Capitólio a fim de protestar contra os legisladores que certificaram a vitória de Biden na eleição presidencial.
Presidente do Equador passa por cirurgia bem-sucedida
Na quarta-feira (23), o presidente equatoriano Guillermo Lasso foi sujeito a cirurgia que terminou com sucesso, informou a Secretaria Geral da Comunicação do país. "Há poucos minutos, o presidente da República [do Equador], Guillermo Lasso, saiu da sala de cirurgia após uma intervenção cirúrgica de média complexidade e pouco invasiva na zona lombar. O processo decorreu de acordo com o planejado e terminou com êxito, sem qualquer complicação", de acordo com o comunicado. Por algum tempo, o chefe do Estado equatoriano permanecerá em observação médica. Está previsto que, com a cirurgia e a reabilitação física, o presidente melhore sua mobilidade. A cirurgia consistiu em eliminar um quisto na área lombar, provocado por uma má prática médica ocorrida alguns anos atrás. Ele deve voltar a exercer suas funções em 30 de junho. A operação de Lasso, de 65 anos, foi agendada antes de ele ser eleito presidente, em maio passado, por um problema de mobilidade em seu pé direito, que o obrigou a caminhar com a ajuda de bengala.
Japão envia protesto à Rússia por causa de exercício militar ao sul das Curilas
O Japão enviou uma nota de protesto à Rússia em relação ao exercício militar em grande escala na zona do mar do Japão (também conhecido como mar do Leste), ao sul das Ilhas Curilas, anunciou o secretário-geral do Gabinete do Japão, Katsunobu Kato, nesta quinta-feira (24). Ontem (23), a Rússia começou manobras militares envolvendo 10.000 soldados, mais de 500 unidades do material militar, 32 aviões e 12 navios da Frota do Pacífico. "Pretendemos seguir monitorizando as ações dos militares russos nos Territórios do Norte. Em 23 [de junho], foi apresentado um protesto por via diplomática sobre o fato de que a crescente presença militar russa nas ilhas, incluindo a realização de tais manobras, vai contra a posição do Japão", disse Kato em uma coletiva de imprensa. As relações entre Tóquio e Moscou não têm sido fáceis. A principal pedra de tropeço é a sua disputa sobre um grupo de quatro ilhas no Extremo Oriente russo - Iturup, Kunashir, Shikotan, e Habomai - referidas como as Curilas do Sul pela Rússia e que o Japão considera seus Territórios do Norte.