O grupo de inteligência israelense The Intel Lab sugeriu no sábado (3) que um ataque com drones em 23 de junho, que atingiu uma instalação nuclear iraniana, pode ter levado a uma explosão e causado sérios danos.
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— The Intel Lab (@TheIntelLab) July 4, 2021
O grupo publicou imagens, datadas de quinta-feira (1º), supostamente do Irã, escrevendo que elas contam "uma história diferente" daquela apresentada pela mídia estatal iraniana.
According to Nournews, June 24th, 2021 "Security forces have managed to foil an act of sabotage against one of the buildings of Atomic Energy Organization of Iran (AEOI) in Karaj, Alborz province". Satellite Image from July 1st tells a different story. #Iran #Nuclear #JCPOA pic.twitter.com/QTAqTml4HT
— The Intel Lab (@TheIntelLab) July 3, 2021
De acordo com (a agência iraniana) Nournews, [em] 24 de junho de 2021 "as forças de segurança conseguiram impedir um ato de sabotagem contra um dos edifícios da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI, na sigla em inglês) em Karaj, província de Alborz". Imagem de satélite de 1º de julho conta uma história diferente.
A agência iraniana PressTV, por sua vez, noticiou que a suposta tentativa de sabotagem tinha como alvo um prédio utilizado pela AEOI."A tentativa hostil [...] não resultou em quaisquer vítimas ou danos devido às rigorosas precauções de segurança adotadas após atos semelhantes de sabotagem contra instalações nucleares e cientistas iranianos", disse a mídia, acrescentando que o quadricóptero que foi supostamente utilizado no incidente acabou sendo abatido.
A própria AEOI declarou o mesmo sobre uma de suas instalações não referida pelo nome. Outros veículos de imprensa iranianos escreveram que o ataque não provocou vítimas ou danos.
Um artigo de 23 de junho do jornal The New York Times citou fontes iranianas que teriam dito que o edifício visado, uma fábrica de centrífugas, conhecida como Companhia de Tecnologia Centrífuga do Irã (TESA), era um dos principais centros de fabricação no Irã das centrífugas utilizadas nas duas instalações nucleares do país, Fordow e Natanz.