Israel confirma menor eficácia da vacina Pfizer contra cepa Delta e considera aplicação de 3ª dose

© REUTERS / Menahem KahanaPremiê israelense Naftali Bennett durante coletiva de imprensa sobre economia em Jerusalém, 6 de julho de 2021
Premiê israelense Naftali Bennett durante coletiva de imprensa sobre economia em Jerusalém, 6 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 06.07.2021
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A rápida propagação da cepa Delta obrigou as autoridades israelenses a ordenar dois estudos médicos para analisar a possível necessidade de aplicação de uma terceira dose de vacina.

O Ministério da Saúde de Israel reportou nesta segunda-feira (5) uma diminuição em eficácia da vacina anti-COVID-19 da Pfizer/BioNTech contra a propagação da variante Delta no país, informa o jornal The Times of Israel.

A eficácia do imunizante caiu até 64% quanto à prevenção de infecções sintomáticas durante o mês passado, informou a entidade, ressaltando que a diminuição coincidiu com a rápida propagação da variante Delta, mais contagiosa, em todo Israel.

No entanto, os funcionários de saúde asseguraram que a imunização da Pfizer ainda oferece uma forte proteção contra as formas graves da doença e as internações, onde mostra uma eficácia de 93%.

Embora o ministério não tenha apresentado em sua declaração os números anteriores, um comunicado publicado em maio indicava que a vacina Pfizer tinha uma eficácia de 97% contra as infecções graves depois de duas doses. Em março, pesquisadores israelenses também descobriram que a imunização era eficaz em 91,2% contra qualquer grau de infecção sintomática.

Terceira dose?

Os novos dados surgiram em meio a um ligeiro aumento dos contágios em Israel, onde o total de casos ativos chegou a 2.766 na segunda-feira (5), após confirmação de 369 novas infecções. Acredita-se que a variante Delta represente mais de 90% do total de casos.

A rápida propagação desta cepa forçou o ministro da Saúde israelense, Nitzan Horowitz, a encomendar dois estudos médicos que analisem a necessidade de uma terceira dose de vacina, dizendo que estas pesquisas proporcionarão "informação vital" aos responsáveis políticos. O gabinete do premiê Naftali Bennett declarou que os estudos "avaliarão a eficácia da vacina e a velocidade a que desaparece com o tempo".

Apesar de quase 60% da população de Israel – de 9,3 milhões de habitantes – terem recebido ao menos uma dose da vacina Pfizer, os casos seguem aparecendo entre os imunizados. Na sexta-feira (2), mais da metade das novas infecções reportadas foram em pacientes já vacinados.

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