Em um comunicado na terça-feira (13), a embaixada chinesa no Canadá rejeitou as declarações de Ottawa, afirmando que Pequim detém soberania inegável sobre a região em causa, independentemente do que foi dito em tribunal no ano de 2016, informa o South China Morning Post.
A Embaixada da China disse que a decisão do Tribunal Permanente de Arbitragem em Haia, nos Países Baixos, é "ilegal".
O gigante asiático instou o Canadá a "parar de provocar e de causar problemas em questões marítimas, e respeitar a soberania, direitos e interesses da China nas áreas marítimas relevantes, e não insistir de novo no caminho errado para não causar mais estragos nas relações China-Canadá, bem como na paz e estabilidade regional", citado pela mídia.
O comunicado da embaixada chinesa em Ottawa também acusou Washington de "intensificar as tensões" nessas águas.
Esta declaração ocorreu após um apelo do Ministério das Relações Exteriores do Canadá para que a China cumpra seu compromisso no mar do Sul da China.
"O Canadá está particularmente preocupado com a escalada de ações desestabilizadoras por parte da China nos mares da China Oriental e do Sul da China, incluindo, recentemente, ao largo da costa das Filipinas, e com a militarização dos recursos disputados e uso de navios da milícia naval, da guarda costeira e da Marinha para intimidar e ameaçar navios de outros Estados", disse a autoridade canadense, citada pelo South China Morning Post.
Em março deste ano, o Canadá enviou um navio de guerra para perto das Ilhas Spratly, reivindicadas pela China e pelas Filipinas.
De igual modo, Pequim e Ottawa também estão envolvidas em uma disputa sobre a detenção da executiva da Huawei Meng Wanzhou e a detenção dos cidadãos canadenses Michael Kovrig e Michael Spavor na China, indica a mídia chinesa.