As autoridades acreditam que Joseph Vincent e James Solages estivessem trabalhando enquanto informantes para agências estadunidenses, tais como a Agência Antidrogas dos EUA (DEA, na sigla em inglês), contaram fontes à CNN na segunda-feira (12).
"Após o assassinato do presidente Moïse, o suspeito procurou seus contatos na DEA. Um funcionário da DEA destacado no Haiti instou o suspeito a se entregar às autoridades locais e, junto com um funcionário do Departamento de Estado dos EUA, forneceu informações ao governo haitiano que ajudaram na detenção e prisão do suspeito e de outro indivíduo" contou a DEA à mídia norte-americana.
Contudo, quando questionada relativamente ao fato de alguns dos assassinos terem gritado "DEA" no decorrer do ataque, a agência estadunidense afirmou que nenhum deles agiu em seu nome.
Mais tarde, um porta-voz da agência estadunidense confirmou à Sputnik que, de fato, um dos suspeitos seria parte da informação confidencial da DEA. Adicionalmente, a DEA ainda confirmou que o Departamento de Estado dos EUA teria instado esse mesmo suspeito a se entregar às autoridades nacionais.
Na segunda-feira (12), uma fonte próxima do processo de investigação contou à agência Reuters que os dois cidadãos dos EUA detidos disseram aos investigadores que estavam trabalhando como intérpretes para uma unidade de comandos da Colômbia que, por sua vez, teria um alegado mandado de prisão para o presidente Moïse.
Até agora, a polícia do Haiti identificou 28 pessoas estrangeiras relacionadas com o assassinato do presidente, das quais 20 já foram presas – 18 colombianos e dois norte-americanos.
Na última sexta-feira (9), o governo haitiano apelou à ONU e aos EUA para que lhe fornecessem apoio militar de modo a "apoiar os esforços da polícia nacional no reestabelecimento da segurança e a ordem pública em todo o território".