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Flávio Bolsonaro diz que pai negocia filiação com 3 partidos 'maiores': 'Não temos tempo a perder'

© Foto / Agência Senado / Edilson RodriguesSenador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) concede entrevista em Brasília, 8 de julho de 2021
Senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) concede entrevista em Brasília, 8 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 13.07.2021
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Senador afirma que a intenção é que o pai, presidente Jair Bolsonaro, se filie a algum partido ainda esse ano, e que além do Patriota, outras três legendas estão na mira do presidente. Entretanto, novas negociações fazem Patriota perder força.

Nesta terça-feira (13), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), disse que o presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), busca alternativas em partidos como o Partido Progressista (PP), Partido Liberal (PL) e Republicanos para disputar a reeleição no ano que vem, e que a ideia é se filiar ainda esse ano, segundo o portal UOL.

"Não temos tempo a perder. Estamos avaliando alternativas como PP, PL e Republicanos. Não seria o que queríamos inicialmente, que era o presidente ter um partido para chamar de seu. Mas, por outro lado, tem a vantagem de já estar em um partido maior, com mais tempo de televisão e fundo partidário, para disputar a eleição. A decisão está com o presidente", disse Flávio citado pela mídia.

Desde que deixou o Partido Social Liberal (PSL), em novembro de 2019, Bolsonaro procura uma sigla para abrigar sua reeleição em 2022. Tentou montar o Aliança pelo Brasil, mas a estratégia não deu certo. Os partidos citados por Flávio são os que apoiam o presidente no Congresso. Entretanto, o senador ressaltou que o Patriota ainda é uma opção para o pai.

No dia 24 de junho, uma convenção nacional do Patriota decidiu afastar por 90 dias Adilson Barroso da presidência do partido. A reunião foi convocada pelo vice-presidente da sigla, Ovasco Resende, que assume o comando de forma interina.

A mudança ocorre no momento em que o presidente negocia a filiação à legenda para lançar sua campanha à reeleição. Barroso é a favor da entrada de Bolsonaro no partido e Resende, contra.

A articulação do presidente para se filiar à legenda e controlar diretórios estratégicos deflagrou uma guerra entre correligionários.

Essa "guerra" entre correligionários dentro de partidos pequenos, como o Patriota, já havia sido apontada pelo doutor em ciência política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, Leonardo Martins Barbosa, ouvido pela Sputnik Brasil.

Barbosa explicou que por mais que pareça um benefício a entrada de um candidato forte, como Bolsonaro, em uma legenda pequena, existe também uma resistência para essa filiação, uma vez que "essas siglas, de menor expressão, também não querem ceder o controle do partido, pois esses já teriam os seus próprios 'caciques', e a chegada de 'mais um' poderia causar problema dentro da legenda".

"[...] Muita gente vai ser deixada de lado nessa história [...]. Você teria que agradar mais caciques dentro desses partidos nanicos, e, inevitavelmente, quando o Bolsonaro entrar, alguém vai ter que ficar de fora", disse Barbosa.

Ainda segundo o especialista, em relação à filiação, Bolsonaro demora a escolher um caminho porque quer encontrar um partido no qual tenha total controle, mas que ao mesmo tempo lhe ofereça recursos financeiros para campanha.

No entanto, os partidos maiores que apresentam tais recursos não estariam dispostos a ceder esse controle, como poderia acontecer em partidos nanicos. Portanto, o presidente demora a escolher uma sigla porque quer encontrar um partido que abarque ambas as necessidades.

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