Fiocruz defende intervalo entre doses, número de pessoas que pretendem se vacinar bate recorde
Nesta terça-feira (13), a Fiocruz defendeu a manutenção do intervalo de 12 semanas entre as duas doses do imunizante AstraZeneca. A fundação responsável pela produção da vacina da farmacêutica no Brasil alegou que esse intervalo pode prover uma resposta imunológica robusta e que "o regime de 12 semanas permite ainda acelerar a campanha de vacinação, garantindo a proteção de um maior número de pessoas", cita a nota O Globo. O anúncio foi feito em meio às declarações de capitais estaduais e Distrito Federal de antecipação da segunda dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer. A taxa de vacinados com a primeira dose, entretanto, chegou a 40%. Além do mais, a pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada ontem (13), aponta um recorde 94% dos brasileiros que pretendem se vacinar. Mesmo assim, o Brasil confirmou mais 1.613 mortes e 47.057 casos de COVID-19, totalizando 535.924 óbitos e 19.152.065 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa. Assim, o país registra a menor média móvel de óbitos por coronavírus desde 1º de março, que atinge hoje 1.273 vítimas por dia.
Câmara aprova projeto que limita 'supersalários' no serviço público
Nesta terça-feira (13), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que regulamenta os limites dos chamados "supersalários" no serviço público. De acordo com o relator do projeto na Câmara, Ruben Bueno, o projeto vale para funcionários de toda a administração pública: da União, estados e municípios, informa o portal G1. O teto do funcionalismo é estabelecido atualmente em R$ 39,2 mil. A economia é estimada em até R$ 3 bilhões anualmente, conforme os autores do projeto. "Não é possível mais admitir que, por meio de centenas de 'penduricalhos' dos mais variados tipos, uma pequena casta chegue a receber salários de mais de R$ 100 mil por mês", criticou a situação atual o relator, citado pelo jornal Folha de São Paulo. O documento define também quais os pagamentos que não estão sujeitos a esse teto: entre eles estão os auxílios para moradia, alimentação e transporte. O texto passou votação simbólica, ou seja, sem contagem de votos, e vai para o Senado.
Merkel começa sua última visita oficial aos EUA
A demissionária chanceler alemã Angela Merkel começa hoje (14) sua última visita oficial a Washington, já que ela deixará o cargo após as eleições federais marcadas para 26 de setembro na Alemanha. Merkel visita os Estados Unidos por convite do presidente norte-americano Joe Biden, e os dois líderes devem discutir os assuntos de interesse mútuo, incluindo provavelmente o gasoduto russo do projeto Nord Stream 2. O projeto, liderado pela Rússia, que está quase completado, se destina a transportar diretamente gás natural do território russo para a Alemanha através de um gasoduto submarino. Washington tem sido grande adversário do projeto, considerando-o uma ameaça para a independência energética europeia. Os EUA têm promovido na Europa o seu próprio gás natural liquefeito e introduzido sanções contra o gasoduto no fim de 2019. Berlim, no entanto, continua apoiando a construção do gasoduto e tem condenado as tentativas americanas de a perturbar. Porém, o ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, disse na quarta-feira (14) que a Alemanha e os Estados Unidos têm avançado nas negociações a respeito do projeto: "Acredito que nossos posicionamentos se tornaram mais próximos em muitos pontos", adicionou, citado pela agência DPA. Mas o ministro não especificou se devem ser esperados progressos nesta matéria durante a reunião de Merkel e Biden.
Biden diz que republicanos ameaçam a democracia
Nesta terça-feira (13), o presidente dos EUA, Joe Biden, fez um discurso no Centro Constitucional Nacional em Filadélfia, o local de nascimento da Constituição americana, afirmando que a manobra republicana sobre os direitos de voto representa a maior ameaça à democracia desde a Guerra Civil. "É a mais perigosa ameaça ao voto e à integridade de eleições livres e justas em nossa história", disse Biden. Por sua vez, o ex-presidente americano Donald Trump respondeu às acusações feitas por seu sucessor, Joe Biden, contra aqueles que questionam a integridade da eleição presidencial de 2020, mais uma vez alegando fraude eleitoral: "Biden já disse que 150 pessoas votaram na eleição presidencial de 2020. Supondo que ele quis dizer 150 milhões de pessoas, e com base no fato de que eu tenho 75 milhões, isso significaria que Biden obteve 75 milhões de votos, o que é seis milhões de votos a menos do que eles disseram que ganharam. Então, o que é isso tudo? Já estão concedendo seis milhões de votos?", diz o comunicado de Trump. Após as eleições, várias agências de segurança eleitoral dos EUA e o Departamento de Justiça contestaram as alegações de Trump de fraude eleitoral, e sua campanha perdeu mais de 60 processos judiciais.
Cuba limita acesso a redes sociais em meio a protestos antigovernamentais, diz empresa
Cuba limitou o acesso às redes sociais e a plataformas de mensagens incluindo o Facebook e WhatsApp, durante os maiores protestos contra o governo na ilha em décadas, informou nesta terça-feira (13) a empresa de monitoramento da Internet NetBlocks. "O padrão de restrições observado em Cuba indica uma repressão contínua das plataformas de mensagens utilizadas para organizar e partilhar notícias sobre protestos em tempo real", disse o diretor da empresa Alp Toker, citado pela agência Reuters. "Ao mesmo tempo, alguma conectividade é preservada para manter uma aparência de normalidade", adicionou. Ativistas acusam o governo cubano de tentativas de perturbar as comunicações. Na capital cubana tem havido interrupções regulares e atípicas da Internet móvel desde domingo (11), segundo a Reuters, dia em que milhares de cubanos saíram às ruas em todo o país nas manifestações contra o governo comunista e a profunda crise econômica. Até o momento, ao menos, uma pessoa - um homem de 36 anos - morreu em Havana durante os protestos, enquanto várias pessoas foram detidas e feridas, de acordo com o Granma, oficial jornal do Partido Comunista Cubano.
Funcionários de inteligência do Irã são acusados nos EUA de conspiração de sequestro
O Tribunal Federal dos EUA acusou quatro agentes da inteligência iraniana de alegada participação em conspiração de sequestro, de violação de sanções, bem como de fraude bancária e eletrônica, informou nesta terça-feira (13) o Departamento de Justiça dos EUA, em comunicado. "O Tribunal Federal de Nova York abriu um indiciamento hoje [13], acusando quatro cidadãos iranianos de conspirações em relação a sequestro, violação de sanções, fraude bancária e eletrônica e lavagem de dinheiro", diz o texto. De acordo com o comunicado, eles conspiraram para sequestrar um jornalista de origem iraniana de Nova York que criticava o governo do Irã. Os acusados podem enfrentar prisão perpétua. Além disso, um iraniano, Niloufar Bahadorifar, residente na Califórnia, alegadamente prestou serviços financeiros de apoio ao plano de sequestro que começou em junho de 2020. Ele pode enfrentar 80 anos de prisão.