Nesta quarta-feira (14), em entrevista para CNN Brasil, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse que a CPI da Covid é um "tribunal de exceção" e condenou o fato de não ter tido direito de defesa até agora.
"Não me dão direito a defesa. É um tribunal de exceção. O STF [Supremo Tribunal Federal] mandou instalar e deve cuidar para que promova justiça", declarou Barros.
O deputado acredita que a Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado perdeu o "interesse" em seu depoimento a partir do momento que "todos que foram ouvidos negaram sua participação" nas irregularidades para aquisição das vacinas Covaxin e AstraZeneca.
"Eles marcaram minha oitiva para o dia 8 [de julho], logo, estavam prontos para me ouvir. Como todos que já foram ouvidos negaram minha participação, perderam o interesse. Mas já citaram meu nome 96 vezes, inclusive com acusação feita por senadores", disse Barros.
Segundo a mídia, o depoimento de Barros tinha sido marcado para a próxima terça-feira (20), mas caso seja aprovada a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) até sexta-feira (16), será declarado recesso parlamentar até o dia 31 de julho, o que faria com que a oitiva do deputado seja realizada em agosto.