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Ao sair do hospital, Bolsonaro defende Pazuello e diz que propina 'é pelado dentro da piscina'

© Folhapress / Aloisio MauricioO presidente da República, Jair Bolsonaro, deixa o hospital Vila Nova Star na zona sul de São Paulo, na manhã deste domingo (18), São Paulo, 18 de julho de 2021
O presidente da República, Jair Bolsonaro, deixa o hospital Vila Nova Star na zona sul de São Paulo, na manhã deste domingo (18), São Paulo, 18 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 18.07.2021
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Presidente saiu do hospital na manhã de hoje (18) e fez declarações sobre suposto envolvimento do ex-ministro da Saúde em superfaturamento na compra de vacinas. Bolsonaro deixou hospital acompanhado por Valdemiro Santiago.

Neste domingo (18), após receber alta, o presidente Jair Bolsonaro fez declarações acerca das supostas indicações de que o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, estaria envolvido em esquema de superfaturamento na aquisição de vacinas CoronaVac.

O presidente culpou lobistas e disse que "lá em Brasília não falta gente tentando vender lote na Lua" para defender o general, segundo a Folha de São Paulo.

"Quando fala em propina, 'é pelado dentro da piscina', e não gravando um vídeo para anunciar a assinatura de um memorando de entendimento para a compra", afirmou o presidente.

Conforme noticiado na sexta-feira (16), foi revelado que, em um compromisso fora da agenda, Pazuello havia prometido a um grupo comprar 30 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac que foram formalmente oferecidas ao governo federal por quase o triplo do preço negociado pelo Instituto Butantan.

Além da grande discrepância no valor da negociação da vacina, o encontro com intermediadores no Ministério da Saúde contradiz o que o general já disse à CPI da Covid.

O final do encontro foi registrado em um vídeo, no qual estão presentes Pazuello e os intermediadores da transação.  

​Bolsonaro disse que, se estivesse no ministério, "teria apertado a mão daqueles caras todos", após ser questionado se não era estranho um ministro aceitar conversar com representantes que se dizem autorizados a vender imunizantes em nome de empresas.

"O receber, ele não estava sentado à mesa. Geralmente, tira fotografia sentado na mesa negociando. E se fosse propina não dava entrevista, meu Deus do céu, não faria aquele vídeo. Dá para você entender isso aí?", declarou o presidente.

Bolsonaro também negou, mais uma vez, outros dois superfaturamentos envolvendo compra de imunizantes, no caso, a vacina indiana Covaxin e a AstraZeneca.

"Todos vocês da mídia nos pressionavam por vacinas, então muitas pessoas foram recebidas lá no ministério [...] É motivo de orgulho para mim saber que todos esses possíveis contratos não deram mais que um passo."

O presidente deixou o hospital hoje (18) após ser internado por uma obstrução intestinal. Ele saiu do hospital acompanhado do apóstolo Valdemiro Santiago, um de seus aliados evangélicos conhecido por usar roupas de caubói e que foi alvo, em 2020, de notícia-crime por "possível prática de estelionato" impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF). 

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