Na noite desta quarta-feira (28), a televisão estatal do país informou sobre a morte de Gilberto Antonio Cardero Sánchez, citando o Ministério das Forças Armadas de Cuba. Sánchez foi combatente da luta clandestina cubana em maio de 1957 e posteriormente entrou no exército rebelde sob a liderança de Fidel Castro.
A morte de Sánchez aconteceu após o falecimento de outros cinco generais cubanos ocorrido durante os últimos dez dias. As causas das mortes não foram divulgadas.
Em 17 de julho faleceu Agustín Peña Porres, ex-comandante do Exército Ocidental e membro do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba. Peña foi o mais jovem dos generais e tinha 57 anos, segundo o jornal Semana. Em 20 de julho, morreu Marcelo Verdecia Perdomo, general-de-brigada da Reserva do Exército e ex-guarda-costas de Fidel Castro.
No sábado passado (24), foi anunciada a morte do general Rubén Martínez Puente de 79 anos, que estava na Reserva do Exército cubano e era uma figura polêmica. Martínez foi o general que deu a ordem de abater um avião civil pertencente ao grupo exilado cubano Irmãos ao Resgate em 1996, o que agravou as tensões com os Estados Unidos.
Na segunda-feira (26), morreu Manuel Eduardo Lastres Pacheco, ex-general que serviu sob comando do argentino Che Guevara durante a revolução no final dos anos 1950. Lastres mais tarde serviu como comandante do Exército Oriental cubano.
O último a morrer foi o general-de-brigada Armando Choy Rodríguez, de 87 anos, na terça-feira (27), cuja morte foi anunciada pela Universidade Central Marta Abreu. Rodríguez foi um dos fundadores do Movimento 26 de Julho que liderou a revolução cubana.
De acordo com o jornal Periódico Cubano, as mortes ocorreram depois da do general-de-brigada Ivan Duponte Cabrales, que faleceu em maio aos 77 anos.
O governo do presidente Miguel Díaz-Canel não confirmou se as mortes dos oficiais de alto nível estão relacionadas à COVID-19. Cuba bate recordes de casos e mortes por coronavírus há várias semanas.
Ao mesmo tempo, os cubanos exilados em todo o mundo continuam protestando contra o governo por melhores condições sociais e econômicas. No fim de semana passado, centenas de manifestantes cubano-americanos se reuniram em frente à Casa Branca em Washington para pressionar o presidente Joe Biden a tomar medidas mais severas contra o governo de Cuba.