Uma equipe de arqueólogos que trabalha nas ruínas da antiga cidade filisteia de Gate conseguiu descobrir mais sobre a natureza do desaparecimento da cidade às mãos do rei Hazael há cerca de 2.800 anos, relata na terça-feira (3) o jornal Haaretz.
Conhecida atualmente como Tell es-Safi, acredita-se que Gate era a cidade natal da figura bíblica Golias, e foi "uma das principais cidades-Estado dos filisteus" até ser destruída pelas forças de Hazael por volta de 830 a.C.
Os arameanos (ou arameus) eram um povo semita da Mesopotâmia. A sua língua forma um dos ramos mais importantes entre as faladas pelos semitas. Na época de Jesus, era a língua vulgar da Galileia e Judeia.
Segundo a mídia, embora os arqueólogos já tivessem encontrado muitas evidências do "cerco e da destruição dentro e fora da cidade", eles ainda não tinham conseguido encontrar vestígios do lugar onde os arameanos conseguiram romper as defesas da cidade.
Durante sua busca, os arqueólogos concentraram seus esforços no chamado "portão de água", um acesso estreito que "era usado para alcançar o poço local e o pequeno riacho sazonal que corria fora de Gate".
"Como esta era a parte mais baixa da cidade e o ponto de acesso à sua principal fonte de água, faz sentido que seja aqui que a brecha ocorreu", disse Aren Maeir, professor de arqueologia da Universidade Bar-Ilan, Israel, que dirige a expedição em Gate há 25 anos.
Como explicou o professor Jeffrey R. Chadwick, um arqueólogo da Universidade Brigham Young em Utah, EUA, que liderou a escavação naquela área em particular, os pesquisadores esperavam confirmar que os arameanos romperam a muralha ali "não encontrando nada". Haaretz confirma que os arqueólogos encontraram "principalmente espaço vazio ali".
"Não há fundações, não há paredes de tijolos, é como se alguém tivesse trabalhado muito para desmontar algo ali. É uma suposição, não podemos provar totalmente por enquanto, mas é uma suposição justa", observou Maeir.
O diário também observa que Maeir teorizou anteriormente que as muralhas maciças de Gate provavelmente teriam servido de inspiração para a lenda de Golias, pois "os povos antigos muitas vezes interpretaram estruturas tão grandes como o trabalho de gigantes".