As camadas marcianas, compostas por acumulação sucessiva de material vulcânico, podem ser agora observadas com precisão após a divulgação de uma imagem contendo três crateras de tamanho considerável pela ESA. A foto oferece uma grande oportunidade para os cientistas decifrarem a história vulcânica do corpo celeste.
A imagem foi capturada pela câmera CaSSIS, a bordo do rastreador de gás Trace Gas Orbiter do programa espacial russo-europeu ExoMars, em 22 de março, mas só divulgada semana passada. Na foto é possível ver a área marciana conhecida como Lunae Planum, onde estão localizados abundantes depósitos de lava que, segundo os cientistas, provêm do complexo vulcânico de Tharsis Montes.
A alta resolução permite observar em detalhes as várias camadas das áreas próximas às bordas internas das maiores crateras, cuja origem pode ser devido ao acúmulo sucessivo de material vulcânico que em algum ponto escoou por aquela região do Planeta Vermelho.
Por muito tempo, os especialistas estimaram que Marte não era mais vulcanicamente ativo, embora novos estudos tenham encontrado evidências de convecção de magma no manto marciano.
Com a ajuda desse tipo de imagem, os geólogos planetários podem estudar as rupturas na superfície da lava causadas pelos impactos e assim determinar o período de tempo em que ocorreram os fluxos.