Os Departamentos de Estado e de Defesa dos EUA anunciaram no domingo (15) que, nas 48 horas seguintes, o país expandirá sua "presença de segurança" no Afeganistão para quase 6.000 soldados, a fim de permitir a "partida segura" do pessoal norte-americano e aliado do Afeganistão e controle do tráfego aéreo.
"Amanhã e nos próximos dias, retiraremos do país milhares de cidadãos norte-americanos que residiram no Afeganistão, bem como os funcionários locais da missão dos EUA em Cabul e suas famílias e outros cidadãos afegãos particularmente vulneráveis", informaram.
Além disso, as autoridades dos EUA prometeram "acelerar a evacuação" dos afegãos com direito a vistos especiais de imigrante. Foi destacado que nas últimas duas semanas quase 2.000 deles já chegaram aos Estados Unidos.
Posição do Reino Unido
Por sua vez, o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, afirmou que o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) controla o Afeganistão e que as tropas britânicas não pretendem voltar ao país.
"Reconheço que o Talibã está no controle [...] Quer dizer, você não precisa ser um cientista político para perceber onde estamos", disse Wallace à Sky News na segunda-feira (16).
Perguntado se o Reino Unido e a OTAN voltariam ao Afeganistão, Wallace disse: "Não, olha, não está previsto voltarmos ".
O ministro da Defesa britânico acrescentou que a parte militar do aeroporto de Cabul está segura e que o Reino Unido está fazendo tudo o possível para evacuar os cidadãos britânicos e afegãos com ligações ao país europeu. O objetivo é manter cerca de 1.200 a 1.500 saídas por dia.
Anteriormente, nas redes sociais surgiram imagens mostrando os EUA evacuando seus diplomatas da embaixada em helicópteros. Ao mesmo tempo, com a chegada do Talibã em Cabul, multidões correram para deixar o país, se concentrando no aeroporto, onde até agora há caos e tumultos.