Aviões militares da China entram em zona de defesa aérea de Taiwan ignorando avisos da ilha

CC BY-SA 4.0 / Danny Yu / Avião espião chinês Shaanxi Y-9Avião espião chinês Shaanxi Y-9
Avião espião chinês  Shaanxi Y-9 - Sputnik Brasil, 1920, 18.08.2021
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Na terça-feira (17), 11 aviões do Exército de Libertação Popular da China (ELP) entraram na zona de defesa aérea de Taiwan, poucos minutos antes do início de exercícios militares taiwaneses na mesma área.

Seis caças, dois bombardeiros e três aeronaves de vigilância entraram na zona de identificação de defesa aérea sudoeste taiwanesa entre as 9h30 e 10h22 (22h30 e 23h22 de segunda, no horário de Brasília), segundo South China Morning Post.

Em reposta, a Força Aérea de Taiwan enviou seus caças para seguir os aviões chineses, emitiu avisos de rádio e acionou os sistemas de mísseis de defesa aérea para monitorizar sua atividade, segundo o ministro da Defesa da ilha.

De acordo com um anúncio da Marinha de Taiwan, na mesma área deveriam começar treinamentos conjuntos com a Força Aérea taiwanesa. As manobras estavam previstas para ter início às 10h30 e durar até as 14h30 da terça-feira (23h30 de segunda e 03h30 de terça, no horário de Brasília).

A mídia local SET TV informou que um avião de guerra eletrônica Shaanxi Y-8 do ELP entrou na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan, ignorando os avisos de ficar longe da área onde os militares taiwaneses realizariam o treinamento.

Atualmente, a China está realizando grandes exercícios perto da ilha. Shi Yi, coronel e porta-voz do Comando do Teatro Leste do ELP, afirmou que a China enviou aeronaves antissubmarino, caças e navios de guerra para as áreas sudoeste e sudeste de Taiwan para testar suas capacidades de operação.

"Recentemente, os Estados Unidos e Taiwan provocaram repetidamente e enviaram sinais muito errados, violaram severamente a soberania da China e a estabilidade do estreito de Taiwan, que virou a maior fonte de riscos de segurança em toda a região", disse Shi.

"Este exercício é uma ação necessária com base na atual situação de segurança no estreito de Taiwan e na necessidade de proteger a soberania nacional", afirmou Shi.

Pequim considera Taiwan uma província independentista e espera ver a ilha unificada com a República Popular da China em algum momento no futuro. Taiwan tem reclamado das repetidas missões da Força Aérea da China perto da ilha.

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