Segundo um documento oficial fornecido pelo Centro Norueguês de Análises Globais e compartilhado internamente com a Organização das Nações Unidas (ONU), os islamistas perseguem os soldados, policiais, intérpretes e funcionários que trabalharam com os EUA e a OTAN, revelou o jornal The New York Times.
Os talibãs vão de porta em porta e "detêm e/ou ameaçam matar os familiares das pessoas visadas, a menos que se entreguem ao Talibã". Na lista estão também os afegãos que esperam evacuação no aeroporto de Cabul, conforme o relatório.
Os islamistas provavelmente obtiveram as listas de todos os funcionários após estudar os registros existentes nos Ministérios do Interior e da Defesa e na sede da Direção Nacional de Segurança do Afeganistão.
Além disso, os talibãs recorrem à rede de informantes para rastrear os indivíduos visados, conforme a mídia. Assim que capturaram Cabul, o Talibã visitou as casas de altos funcionários da inteligência.
Enquanto isso, em declarações oficiais, os representantes do movimento afirmam que os islamistas não pretendem reprimir os afegãos que colaboraram com governos e organizações estrangeiras. O movimento expressou vontade de estabelecer diálogo com personalidades oficiais do antigo governo afegão para garantir que se sintam seguros.
As forças dos EUA estão evacuando os cidadãos norte-americanos e funcionários afegãos a partir do aeroporto de Cabul, mas, segundo os relatos, os talibãs instalaram postos de controle e impedem que as pessoas cheguem ao aeroporto. O Pentágono enviou milhares de soldados adicionais para ajudar na evacuação.