Harris criticou a China por suas alegadas incursões no mar do Sul da China, e advertiu que suas ações na região equivalem a "coerção" e "intimidação".
"Sabemos que Pequim continua coagindo, intimidando e a fazendo reivindicações à grande maioria [dos países] do mar do Sul da China [...] As ações de Pequim continuam minando a ordem baseada em regras, e ameaçam a soberania das nações", declarou a vice-presidente dos EUA esta terça-feira (24) em Cingapura, onde falou da visão da administração Biden para o Indo-Pacífico, citada pelo The Guardian.
De acordo com a mídia, o gigante asiático reivindica quase todo o mar, rico em recursos, pelo qual passam anualmente trilhões de dólares em comércio marítimo, não obstante as reivindicações de outros quatro países do Sudeste Asiático, incluindo Taiwan que, por sua vez, é visto por Pequim como parte do seu território. Nos últimos meses, as tensões têm aumentado entre a China e seus vizinhos.
O discurso de Harris procurou cimentar o compromisso dos EUA em apoiar seus aliados em uma área de importância crescente para a atual administração democrata, o que torna a contenção da influência da China no plano global uma peça central de sua política externa.
Na segunda-feira (23), Harris disse à tripulação de um navio de combate norte-americano na base naval de Changi, em Cingapura, que "uma grande parte da História do século XXI será escrita sobre esta mesma região" e que seu trabalho defendendo a região é fundamental, informa o The Guardian.
As declarações de Harris chegam, no entanto, em um momento crítico para os EUA, quando Washington retira seu foco de 20 anos do Oriente Médio, com uma saída desastrosa do Afeganistão, e o direciona para a Ásia.
Depois de Cingapura, Harris visitará o Vietnã, onde se deverá se reunir com altos funcionários na quarta-feira (25).