Irã critica 'intervenção estrangeira' no Afeganistão em meio a relatos que Paquistão ajuda Talibã

© AP Photo / Mohammad Asif KhanCombatentes do Talibã na província de Panjshir, Afeganistão, 8 de setembro de 2021
Combatentes do Talibã na província de Panjshir, Afeganistão, 8 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.09.2021
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Tanto Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) como Paquistão negam alegações de que drones e forças terrestres paquistaneses têm prestado assistência militar ao grupo islâmico na província de Panjshir.
Porta-voz militar do Paquistão, major-general Babar Iftikhar, rejeitou estas alegações rotulando-as de "propaganda completamente falsa e irracional".
Por sua vez, Hossein Amir-Abdollahian, chanceler do Irã, instou os participantes de uma reunião patrocinada pelo Paquistão sobre o Afeganistão a absterem-se de usar "força militar" no contexto de relatos que Islamabad estaria prestando apoio aéreo e terrestre aos talibãs contra as forças da Frente de Resistência Nacional (NRF, na sigla em inglês) na província de Panjshir.
A reunião virtual sobre o Afeganistão também contou com a presença dos ministros das Relações Exteriores da China, Uzbequistão, Turcomenistão e Tajiquistão.
Vários funcionários afegãos teriam alegado que as posições da NRF em Panjshir, a província do noroeste que o Talibã ainda não controla totalmente, foram atacadas nesta semana por drones paquistaneses.
Os combatentes talibãs lançaram uma ofensiva maciça para tomar o reduto da oposição, mas a NRF afirmou que foi capaz de repelir o ataque e que ainda controla "posições estratégicas" no vale de Panjshir.
​Ex-deputado Zia Arianjad, da província afegã de Samangan, afirma que Panjshir está sendo bombardeada por drones paquistaneses.
Líder da resistência Ahmad Massoud também criticou a utilização de "mercenários estrangeiros" pelo Talibã em Panjshir, em uma declaração divulgada nesta segunda-feira (6). Depois do sucedido, as autoridades iranianas disseram que investigariam as alegações de "intervenção estrangeira".
Vale ressaltar que na referida reunião virtual sobre o Afeganistão o chanceler chinês, Wang Yi, disse que a China fornecerá ao país devastado pela guerra alimentação, suprimentos de inverno, vacinas e medicamentos no total de 200 milhões de yuanes (US$ 31 milhões ou R$ 161 milhões).
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