Túmulo de guerreiro com peça de marfim de 1.500 anos descoberto na Alemanha (FOTOS)
22:13 09.10.2021 (atualizado: 06:31 21.11.2021)
© Foto / Gabinete da Baviera para a Preservação dos MonumentosSepultamento de um homem adulto com um conjunto completo de armas, incluindo uma longa espada, uma lança e um machado
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Arqueólogos da Baviera, estado federal localizado no sudeste da Alemanha, desenterraram duas sepulturas do século VI d.C. com vários artefatos excepcionais.
Em ambos os túmulos, os pesquisadores encontraram objetos únicos para a zona a norte dos Alpes: um pente de marfim decorado nos dois lados com cenas de animais, e uma tigela de cerâmica vermelha feita no que atualmente é a Tunísia.
O pente foi achado no túmulo de um homem adulto que, no momento da sua morte, tinha entre 40 a 50 anos. Ele era um guerreiro e foi sepultado com um conjunto completo de armas, incluindo uma longa espada, uma lança e um machado. Além disso, no local foi descoberta uma bacia de bronze.
Aos pés do guerreiro estava uma bolsa feita de material orgânico, cuja maior parte se decompôs, mesmo assim foram recuperados alguns objetos.
Segundo escreve o portal The History Blog, o artefato é uma versão do século VI d.C. de uma bolsa de artigos de higiene, contendo um par de tesouras e um pente de marfim, que teriam sido usado para cuidar do cabelo e da barba.
© Foto / Gabinete da Baviera para a Preservação dos MonumentosSepultamento de um homem adulto com um conjunto completo de armas, incluindo uma longa espada, uma lança e um machado.
Sepultamento de um homem adulto com um conjunto completo de armas, incluindo uma longa espada, uma lança e um machado.
© Foto / Gabinete da Baviera para a Preservação dos MonumentosArqueólogos descobrem na Baviera (no sudeste da Alemanha) um pente de marfim decorado com cenas de animais e uma tigela de cerâmica feita na atual Tunísia.
Arqueólogos descobrem na Baviera (no sudeste da Alemanha) um pente de marfim decorado com cenas de animais e uma tigela de cerâmica feita na atual Tunísia.
© Foto / Escritório Estadual da Baviera para Proteção de MonumentosPente descoberto no estado da Baviera, Alemanha.
Pente descoberto no estado da Baviera, Alemanha.
© Foto / Gabinete da Baviera para a Preservação dos MonumentosArqueólogos descobrem na Baviera (no sudeste da Alemanha) um pente de marfim decorado com cenas de animais e uma tigela de cerâmica feita na atual Tunísia.
Arqueólogos descobrem na Baviera (no sudeste da Alemanha) um pente de marfim decorado com cenas de animais e uma tigela de cerâmica feita na atual Tunísia.
© Foto / Gabinete da Baviera para a Preservação dos MonumentosSepultamento de uma mulher adulta de 30-40 anos, enterrada com joias e outros objetos.
Sepultamento de uma mulher adulta de 30-40 anos, enterrada com joias e outros objetos.
Sepultamento de um homem adulto com um conjunto completo de armas, incluindo uma longa espada, uma lança e um machado.
Arqueólogos descobrem na Baviera (no sudeste da Alemanha) um pente de marfim decorado com cenas de animais e uma tigela de cerâmica feita na atual Tunísia.
Pente descoberto no estado da Baviera, Alemanha.
Arqueólogos descobrem na Baviera (no sudeste da Alemanha) um pente de marfim decorado com cenas de animais e uma tigela de cerâmica feita na atual Tunísia.
Sepultamento de uma mulher adulta de 30-40 anos, enterrada com joias e outros objetos.
Por ter permanecido durante muito tempo no solo, o pente se quebrou, mas os especialistas do Gabinete da Baviera para a Preservação dos Monumentos foram capazes de juntar as peças.
Os pentes são descobertos com mais frequência em contextos mais tardios, no período medieval, mas habitualmente são feitos de madeira, osso ou chifre. No século VI d.C., peças entalhadas de marfim eram extremamente raras, e os poucos pentes de marfim achados que se estima serem deste período são simples ou esculpidos com motivos cristãos ou bíblicos.
Este, ao invés, é um objeto entalhado de altíssima qualidade e apresenta uma cena de caça de animais não nativos da Europa: presas semelhantes a antílopes pulando dos predadores que as perseguem. Como não são conhecidos exemplares comparáveis com este, os arqueólogos não foram capazes de identificar exatamente que animais estão representados ou se se trata especificamente de animais africanos.
No segundo túmulo foram encontrados restos mortais de uma mulher adulta que tinha entre 30 a 40 anos, enterrada com joias e outros objetos e uma tigela – um exemplo de alta qualidade de cerâmica africana.