China rebate Biden sobre promessa de 'defender Taiwan': 'Mais cautela em palavras e ações'
© AP Photo / Mark SchiefelbeinO porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, fala durante uma reunião diária no Ministério das Relações Exteriores em Pequim. Foto de arquivo
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Chancelaria chinesa responde ao comentário positivo do presidente norte-americano sobre apoio a Taiwan caso Pequim atacasse a ilha: "Taipé é um assunto interno da China que não permite intervenção estrangeira".
Na quinta-feira (21), o presidente norte-americano, Joe Biden, foi questionado por uma mídia se os Estados Unidos ajudariam Taiwan caso a China atacasse o território taiwanês. Biden respondeu que sim, que o país tem esse compromisso.
"Sim, temos o compromisso de fazer isso [proteger Taiwan]", afirmou o presidente.
Hoje (22), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, respondeu à promessa de Biden pedindo ao líder dos EUA que não subestime o compromisso da China com suas reivindicações à ilha.
"Quando se trata de questões relacionadas à soberania e integridade territorial da China e outros interesses fundamentais, não há espaço para Pequim transigir ou fazer concessões, e ninguém deve subestimar a forte determinação, vontade firme e grande capacidade do povo chinês de defender sua soberania nacional e integridade territorial", declarou Wang citado pela AP News.
O chanceler chinês também exortou Washington a "ter cautela com suas palavras e ações sobre a questão de Taiwan, e não enviar quaisquer sinais errados às forças separatistas de independência da ilha, de modo a não prejudicar seriamente as relações China-EUA e a paz e estabilidade na ilha e no estreito de Taiwan".
"Taiwan é uma parte inalienável do território da China […] a questão da ilha é puramente um assunto interno da China que não permite intervenção estrangeira", ressaltou.
Também nesta sexta-feira (22), a mesma pergunta feita a Biden foi indagada ao secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
O secretário respondeu a um repórter que não discutiria situações hipotéticas, mas afirmou que "ninguém quer ver os problemas através do estreito [de Taiwan] chegarem a um golpe, certamente não o presidente Biden, e não há razão para que isso aconteça", disse Austin citado pela mídia.
Nas últimas semanas, Pequim enviou dezenas de aviões de guerra para perto da Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan, e o presidente chinês, Xi Jinping, disse que a "reunificação" entre China e Taiwan era inevitável.