Petrobras: Bolsonaro diz que equipe está estudando uso de dividendos para reduzir preço do diesel
15:22 01.11.2021 (atualizado: 09:54 29.11.2021)
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Presidente declarou que está conversando com equipe econômica para que os recursos sejam revertidos para reduzir custo da gasolina e anunciou que combustíves devem sofrer alta novamente em 20 dias.
Nesta segunda-feira (1º), o presidente, Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal não tem interesse nos dividendos recebidos pelos lucros da Petrobras, e que conversa com a equipe econômica para que esses recursos sejam revertidos para abater o preço do diesel, segundo a Folha de São Paulo.
Durante visita à Itália para o G20, o presidente ainda afirmou que recebeu informações extraoficiais de que em 20 dias a estatal promoverá um novo reajuste nos preços dos combustíveis, em seguida, alertou dizendo que isso não pode acontecer.
Na quinta-feira (28), a estatal havia anunciado o pagamento de mais R$ 31,8 bilhões em dividendos, dobrando o montante previsto para este ano, como remuneração pelo lucro acumulado de R$ 75,1 bilhões nos nove primeiros meses de 2021.
A companhia também informou, por meio de sua direção, que uma nova parcela de dividendos deve ser distribuídos no quarto trimestre.
© Folhapress / Evandro LealPostos de Porto Alegre reajustam os valores da gasolina na manhã desta quinta-feira. O aumento na bomba foi de R$ 0,20 no litro do produto
Postos de Porto Alegre reajustam os valores da gasolina na manhã desta quinta-feira. O aumento na bomba foi de R$ 0,20 no litro do produto
© Folhapress / Evandro Leal
Entretanto, o mandatário voltou a declarar que uma possível privatização da petroleira entrou no radar do governo e defendeu uma mudança na política de preços, que atrela o valor dos combustíveis aos preços internacionais, segundo a mídia.
Na última semana, o preço médio da gasolina subiu 3,1% nas bombas e alguns postos já vendiam o produto por R$ 7,889, de acordo com a pesquisa semanal de preços feita pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
Para combater a intensa alta nos preços, brasileiros têm cruzado a fronteira com a Argentina e abastecido no país vizinho, que pela grande demanda, passou até a aceitar pagamento em real, conforme noticiado.