Departamento de Estado dos EUA aprova venda de mísseis no valor de US$ 650 milhões à Arábia Saudita

© AP Photo / Steve HelbergEspecialistas de material bélico de aviação norte-americanos movendo mísseis AIM-120
Especialistas de material bélico de aviação norte-americanos movendo mísseis AIM-120 - Sputnik Brasil, 1920, 04.11.2021
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O Pentágono anunciou, nesta quinta-feira (4), que recebeu consentimento para uma potencial venda de mísseis ar-ar para o Reino da Arábia Saudita no valor de US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,65 bilhões).
A Agência de Cooperação de Segurança da Defesa (DSCA, na sigla em inglês), responsável por monitorar transferências de tecnologia entre os EUA e seus parceiros estrangeiros no exterior, informou que o Departamento de Estado norte-americano aprovou a venda de mísseis interceptores à Arábia Saudita.
Os mísseis a serem comercializados são mísseis ar-ar avançados de alcance médio AIM-120 (AMRAAM, na sigla em inglês), guiados por radar e construídos pela companhia Raytheon. Estas armas têm um alcance de mais de 74 quilômetros.
O acordo, contudo, ainda não está finalizado, pois o Congresso ainda terá de dar sua aprovação. Por sua vez, o Departamento de Estado dos EUA garante que a venda das armas descritas não viola nenhuma das leis existentes e não causará distúrbios no equilíbrio de poder estratégico na região.
© Foto / ScreenshotHouthis disparam contra forças leais ao governo do presidente exilado Abd Rabbuh Mansur Hadi durante confrontos perto de Marib, no Iêmen
Houthis disparam contra forças leais ao governo do presidente exilado Abd Rabbuh Mansur Hadi durante confrontos perto de Marib, no Iêmen - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2021
Houthis disparam contra forças leais ao governo do presidente exilado Abd Rabbuh Mansur Hadi durante confrontos perto de Marib, no Iêmen
A Arábia Saudita se envolveu na guerra civil do Iêmen em 2015, depois que o presidente iemenita Abd Rabbuh Mansur Hadi foi expulso de Sanaa por uma ofensiva houthi, acabando por fugir para Riad. Então, as autoridades sauditas formaram uma coalizão para combater os houthis, juntando os Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Sudão, EUA e várias milícias dentro do Iêmen, bem como forças militares iemenitas leais a Hadi. 
Atualmente, somente as forças sauditas e iemenitas permanecem no campo de batalha, enquanto as forças houthis continuam avançando.
Washington teria decretado que terminaria seu apoio às operações ofensivas sauditas no início deste ano, com o presidente Joe Biden dizendo que os EUA só defenderiam a Arábia Saudita dos ataques houthis dentro do reino.
Porém, como consequência desse conflito de quase sete anos, a ONU estima que mais de 230 mil iemenitas foram vitimados pela guerra, com quase metade morrendo de doenças, fome ou desnutrição.
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