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Misteriosa barreira está bloqueando entrada de raios cósmicos no centro da Via Láctea

© Foto / Observatório Europeu do Sul / Telescópio VLTGaláxia NGC 3627 próxima à Via Láctea. Os clarões avermelhados brilhantes mapeiam nuvens quentes de hidrogênio (Hα), marcando a presença de estrelas recém-nascidas, enquanto as regiões azuis (uma combinação de filtros verdes, vermelhos e infravermelhos) revelam a distribuição de estrelas ligeiramente mais velhas
Galáxia NGC 3627 próxima à Via Láctea. Os clarões avermelhados brilhantes mapeiam nuvens quentes de hidrogênio (Hα), marcando a presença de estrelas recém-nascidas, enquanto as regiões azuis (uma combinação de filtros verdes, vermelhos e infravermelhos) revelam a distribuição de estrelas ligeiramente mais velhas - Sputnik Brasil, 1920, 15.11.2021
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A zona molecular central de nossa galáxia é uma importante fonte de raios cósmicos, porém, ao mesmo tempo parece impedir a chegada de partículas espaciais do exterior.
Especialistas da Academia Chinesa de Ciências detectaram uma barreira antes desconhecida em torno do centro de nossa galáxia, conforme estudo publicado na revista Nature Communications.
Os pesquisadores descobriram que, embora a densidade dos raios cósmicos seja muito regular nas áreas ao redor do centro da Via Láctea, na zona molecular central (CMZ, na sigla em inglês) a densidade é reduzida drasticamente, informa o portal NewScientist.
"Se não existisse nenhuma barreira, o mar de raios cósmicos também deveria estar presente na zona molecular central [...] No entanto, os dados demonstram que é tudo ao contrário e que deve existir alguma barreira", adicionou.
A zona molecular central é uma importante fonte de raios cósmicos. Não obstante, a pesquisa aponta que, ao mesmo tempo, poderia atuar como uma barreira que impede a chegada de partículas espaciais do exterior.
A maioria dos raios cósmicos são partículas carregadas, o que significa que um campo magnético consideravelmente forte poderia desviá-los.
Figura LB-1: Acreção do gás dentro de um buraco negro estelar a partir de sua estrela companheira azul,  através de uma acreção truncada no disco (representação artística) - Sputnik Brasil, 1920, 28.10.2021
Astrofísicos descobrem na Via Láctea buraco negro com disco de acreção deformado (FOTO)
"É provável que na CMZ existam campos magnéticos mais fortes que no exterior, o que poderia impedir que os raios cósmicos entrem na zona molecular central [...] Além disso, o processo pode ser afetado pelos ventos solares causados pelo buraco negro massivo Sagittarius A*, que também ajuda a impedir que as partículas entrem na CMZ", indicou.
A descoberta possui algumas semelhanças com os prótons presentes nas supernovas e nos buracos negros.
Atualmente, diversos cientistas acreditam que o centro da Via Láctea seja dotado de um buraco negro supermassivo, o que poderia explicar por que esta barreira e os prótons das estrelas mortas possuem qualidades semelhantes.
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