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Fux diz que juízes não podem levar seus valores pessoais para a corte: 'Estado é laico'

© Foto / Marcelo Camargo/Agência BrasilLuiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 2 de outubro de 2018, durante homenagem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos 30 anos de promulgação da Constituição da República
Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 2 de outubro de 2018, durante homenagem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aos 30 anos de promulgação da Constituição da República - Sputnik Brasil, 1920, 10.12.2021
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O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu, nesta quinta-feira (9), que os juízes precisam deixar seus valores pessoais de lado ao analisarem os processos.

"Os juízes podem ter as suas opções, podem ser casados, ter filhas, netos. O juiz não pode levar para o julgado os seus valores, que não são valores constitucionais. O Estado é laico. Você pode acreditar no que quiser, mas eu sou juiz da Constituição", disse o ministro, durante uma palestra na Universidade de Columbia, em Nova York, conforme noticiado pela Folha de S.Paulo.

Na semana passada, o Senado Federal brasileiro aprovou a indicação de André Mendonça ao STF. O novo membro da corte é evangélico e sua aprovação gerou debates sobre possíveis interferências de seus valores em futuros votos no Supremo.
Fux não foi questionado sobre o tema e não citou o nome de Mendonça em sua palestra.
Em outro momento de sua apresentação, o magistrado afirmou que o Brasil é uma referência internacional em direitos humanos e que o Supremo costuma votar de forma unânime questões relacionadas ao tema, como no caso da união homoafetiva, aprovada em 2011 por 11 votos a zero.
© Folhapress / Fátima MeiraAndré Mendonça gesticula diante da Comissão de Constituição e Justiça do Senado durante sabatina de sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 1º de dezembro de 2021.
André Mendonça gesticula diante da Comissão de Constituição e Justiça do Senado durante sabatina de sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 1º de dezembro de 2021. - Sputnik Brasil, 1920, 10.12.2021
André Mendonça gesticula diante da Comissão de Constituição e Justiça do Senado durante sabatina de sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 1º de dezembro de 2021.
O ministro também falou sobre a democracia brasileira e as eleições de 2022. Segundo ele, o país não corre riscos de golpe e o pleito vai ocorrer normalmente, com o amparo do STF.

"A democracia brasileira é muito sólida. Não há a menor chance de que a democracia brasileira sofra qualquer risco nas eleições vindouras. Absolutamente nenhum risco. Há o que denominamos de vigilância suprema. Ou seja, o STF, assim como ocorreu alhures, manterá hígida a democracia brasileira", afirmou Fux.

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