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'EUA são a principal ameaça': China rebate apelo de Washington e Tóquio de transparência nuclear

© REUTERS / Lucy NicholsonLançamento de míssil balístico intercontinental, EUA
Lançamento de míssil balístico intercontinental, EUA - Sputnik Brasil, 1920, 22.01.2022
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Nesta sexta-feira (21) a China respondeu ao apelo dos EUA e Japão para que Pequim melhore a transparência em matéria de armas nucleares.
Em uma declaração conjunta sobre o Tratado de Não Proliferação Nuclear, emitida na quinta-feira (20), Estados Unidos e Japão instaram Pequim a aumentar a transparência e a reduzir os riscos nucleares.
"Registrando o aumento contínuo das capacidades nucleares da República Popular da China (PRC, na sigla em inglês), Japão e Estados Unidos pedem à PRC que contribua para acordos que reduzam os riscos nucleares, aumente a transparência e promova o desarmamento nuclear", aponta o documento.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que a declaração conjunta "é nada mais do que um truque para desviar a atenção, transferir a responsabilidade e ocultar o seu deplorável histórico no setor nuclear".
"Como é sabido, os EUA são a principal ameaça à segurança estratégica global, com o maior e mais avançado arsenal nuclear do mundo", disse o porta-voz, acrescentando que Washington tem implantado sistemas de defesa antimíssil em todo o mundo.
"Os EUA continuam investindo trilhões de dólares para atualizar sua 'tríade nuclear', desenvolvendo armas nucleares de baixa potência, e reduzindo o limiar para o uso destas armas", observou o porta-voz da chancelaria chinesa.
Além disso, Zhao criticou o Japão por armazenar grandes quantidades de plutônio destinado a armas, sublinhando que, "se o Japão pretende realmente fazer avançar o processo internacional de desarmamento nuclear e de não proliferação, deve responder a estas preocupações internacionais de forma responsável e conquistar a confiança da comunidade internacional com ações concretas".
Nesta foto divulgada pelo Comando Indo-Pacífico dos EUA, o grupo de ataque de porta-aviões do Reino Unido liderado pelo HMS Queen Elizabeth (R 08) e as Forças de Autodefesa Marítima do Japão lideradas pelo destróier de helicópteros da classe Hyuga (JMSDF) JS Ise (DDH 182 ) juntaram-se aos grupos de ataque de porta-aviões da Marinha dos EUA liderados pelos navios-chefe USS Ronald Reagan (CVN 76) e USS Carl Vinson (CVN 70) para conduzir várias operações de grupo de ataque de porta-aviões no mar das Filipinas, em 3 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 15.01.2022
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Estaria o Japão usando as tensões entre EUA e China para aumentar sua capacidade militar?
O diplomata chinês destacou que o seu país "está firmemente empenhado em uma estratégia nuclear defensiva e na política de não ser o primeiro a utilizar as armas nucleares em nenhum momento e em nenhuma circunstância".
Anteriormente, Fu Cong, diretor-geral do Departamento de Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que o acordo militar trilateral AUKUS, estabelecido entre os EUA, Reino Unido e Austrália e que tem sido fortemente criticado por vários países, pode levar ao colapso do regime de não proliferação nuclear.
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