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Especialista sobre bloqueios da Sputnik pelo Facebook: 'Não podemos aceitar a censura privada'

© REUTERS / Dado RuvicMulher segura smartphone em frente a novo logotipo do Facebook, Meta, 28 de outubro de 2021
Mulher segura smartphone em frente a novo logotipo do Facebook, Meta, 28 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.01.2022
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Na sexta-feira (21), Facebook bloqueou a criação de novas postagens da página da Sputnik Árabe "por motivos de segurança por alguns dias". A Sputnik Brasil falou com uma especialista para discutir a política de censura implementada pelos gigantes de mídia social.
A página da Sputnik Árabe, agência de notícias que faz parte do mesmo grupo mediático que a Sputnik Brasil, recebeu a notificação sobre o bloqueio temporário para criação de novas publicações "por motivos de segurança por alguns dias".
Ao entrar em contato com o suporte do Facebook, a Sputnik recebeu uma resposta genérica com um link para uma lista de padrões da comunidade da plataforma: "Restrição imposta por possível violação de nossas políticas".
Esse foi o primeiro bloqueio desse tipo para a redação árabe. Entretanto, em 2020 foi atribuído um rótulo de violação das diretrizes da comunidade da rede social a um vídeo sobre a vida do tenente-general iraniano Qassem Soleimani postado após sua morte. Além disso, várias publicações sobre a aprovação para uso da vacina russa Sputnik V pelo Ministério da Saúde da Rússia foram bloqueados e marcados como "[publicações] enganosas sobre a eficácia dos medicamentos durante uma pandemia".
Facebook - Sputnik Brasil, 1920, 21.01.2022
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Facebook bloqueia novas publicações na página da Sputnik Árabe
Para discutir essas restrições e política de censura implementada pelo Facebook e outras redes sociais, a Sputnik Brasil falou com Maria José Braga, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ).
Segundo Braga, o Facebook não é uma rede social que apoia a liberdade de expressão das mídias, assim como não tem ferramentas efetivas contra a propagação de notícias falsas.
"O Facebook, na verdade, não tem uma preocupação efetiva com as liberdades de expressão e de imprensa, assim como não tem uma política efetiva de combate à disseminação de informações falsas e/ou fraudulentas. As ações implementadas pela empresa são mais para dar satisfação à opinião pública e aos governos nacionais", disse.
Por isso, são precisas formas de regulamento que vêm da sociedade, de cada Estado, dirigidos contra regras implementadas unilateralmente pelos gigantes tecnológicos, de acordo com especialista.
"É por isso que o mundo e cada país individualmente precisam debater e implementar políticas de regulamentação dessa e das demais plataformas digitais. Não podemos aceitar a censura privada que essas plataformas estabelecem", afirmou especialista.
Entretanto, na opinião da especialista, os interesses das plataformas são, às vezes, alinhados aos de um dado país, como são os EUA no caso da Meta, o que permite pensar que o conteúdo não é simplesmente controlado por algoritmos, mas sim tem que obedecer à ideologia e política externa de um certo Estado.
"No caso da Sputnik Árabe, como em incontáveis casos de censura privada do Facebook, parece haver um viés ideológico alinhado aos interesses geopolíticos e econômicos estadunidenses. O que nos leva a crer que as censuras não são 'equívocos' dos algoritmos, mas ações deliberadas."
No âmbito dessa situação, vale ressaltar que a página da Sputnik Brasil no Facebook foi bloqueada sem explicações em dezembro de 2018 e não pôde ser recuperada até hoje, o que obrigou a redação a criar nova conta.
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