China diz que EUA devem levar a sério as preocupações de segurança da Rússia
© Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da RússiaEm Guilin, na China, o chanceler chinês, Wang Yi, participa de coletiva de imprensa após encontro com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em 23 de março de 2021
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O ministro das Relações Exteriores chinês enfatizou que a segurança de um país não pode ser alcançada em detrimento da segurança de outra nação.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na quinta-feira (27), enfatizando que as preocupações de segurança da Rússia devem ser "levadas a sério e resolvidas".
O ministro encorajou "todas as partes a manterem a calma e se absterem de ações que agravem a tensão e aumentem a crise", segundo o comunicado oficial.
"Hoje, no século XXI, todas as partes devem abandonar completamente a mentalidade da Guerra Fria e criar um mecanismo equilibrado, eficaz e sustentável de segurança europeia por meio de negociações", enfatizou Wang Yi.
A autoridade destacou ainda que a segurança de um país não pode ser alcançada em detrimento da segurança de outro, e que a segurança regional "não pode ser garantida pelo fortalecimento ou expansão dos blocos militares".
Nesta quarta-feira (26), o embaixador dos EUA na Rússia, John Sullivan, entregou ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia as respostas escritas às propostas de garantias de segurança formuladas em meados de dezembro por Moscou. Logo depois, o secretário de Estado, Antony Blinken, e o secretário-geral da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) Jens Stoltenberg deram a entender que não aceitam as exigências de Moscou para acabar com a política de "portas abertas" da aliança, mesmo quando se trata de países vizinhos da Rússia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na quinta-feira (27) que a resposta dos EUA não representa uma "reação positiva" à questão principal: a não expansão da OTAN para leste e a implantação pela Aliança Atlântica de armas ofensivas que podem ameaçar o território russo.