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Mourão defende Rússia ante avanço da OTAN, mas não crê que crise amplificará até viagem de Bolsonaro

© Marcelo Camargo / Agência BrasilO vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, 24 de novembro de 2021
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, 24 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.01.2022
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Para vice-presidente "Rússia tem direito de espernear" a partir do momento que a OTAN avança em países do Leste Europeu. Mourão também ressaltou importante relação entre Brasília e Moscou no BRICS.
Em meio a confirmação da viagem do presidente, Jair Bolsonaro (PL), à Rússia e a declaração do governo ucraniano de que o mandatário deveria também visitar Kiev, o vice-presidente, Hamilton Mourão, fez alguns comentários sobre a situação hoje (31).
Na visão do vice-presidente, Moscou tem razão ao se preocupar com o avanço da OTAN, no entanto, acredita que a crise não vai escalar até a viagem do presidente nos dias 14 a 17 de fevereiro.

"Não acho que [a crise] vá piorar daqui para lá [até a viagem de Bolsonaro]. Não acho que a Rússia vá tomar uma atitude de invadir, a Rússia está fazendo uma pressão. Uma das formas de buscar intervir em algum assunto é fazer uma manobra militar. É o que ela está fazendo [...] Moscou considera aquela região do Leste Europeu uma zona de influência dela. No momento que há um avanço da OTAN naquela região, ela faz o seu direito de espernear", analisou o vice-presidente citado pela Folha de São Paulo.

Ainda seguindo com declarações, Mourão lembrou da importância entre a parceria russa-brasileira, uma vez que as duas nações se encontram no BRICS.
"[...] Estamos afastados desse conflito; há algumas pressões de outros países que estão mais envolvidos. Mas vamos lembrar: o Brasil faz parte de um grupo com a Rússia que é o BRICS [também formado por Índia, China e África do Sul], além de ter uma parceria. É um país importante para que a gente tenha negócios, não podemos abrir mão disso aí", ressaltou.
O governo Bolsonaro vem tentando se equilibrar entre Rússia e Estados Unidos na atual crise. Em contatos com autoridades norte-americanas, o Itamaraty tem destacado que o país se pauta por princípios como a solução pacífica das controvérsias, além da oposição ao uso da força e ao emprego de sanções unilaterais.
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"Em política externa você tem duas visões, a idealista e a realista. Sempre sou a favor da realista — atuar dentro daquilo que são os nossos princípios: de não intervenção, de assegurar a soberania das pessoas no seu território, a solução pacífica dos conflitos. O Brasil vai trabalhar sempre nesse sentido", complementou o vice-presidente.
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