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'Lamentável que o rei da Espanha, no século XXI, endosse o genocídio', diz Maduro

© REUTERS / LEONARDO FERNANDEZ VILORIAO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala durante cerimônia de abertura do novo mandato judicial, em Caracas, Venezuela, 27 de janeiro de 2022
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala durante cerimônia de abertura do novo mandato judicial, em Caracas, Venezuela, 27 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.02.2022
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O presidente venezuelano criticou as declarações de Felipe VI, que disse recentemente em Porto Rico que os hispano-americanos deveriam se sentir "orgulhosos" dos "valores aportados pela Espanha" durante a conquista.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, descreveu como "infeliz" que o rei Felipe VI "apoie o genocídio", depois que o monarca espanhol disse dias atrás, durante a comemoração dos 500 anos da cidade de San Juan (capital de Porto Rico), que os hispano-americanos devem se sentir "orgulhosos" do "passado comum" e dos "valores aportados pela Espanha".
"É lamentável que o rei da Espanha, em pleno século XXI, endosse o genocídio, o crime", acrescentou o presidente venezuelano. Essa afirmação está alinhada com a corrente histórica que qualifica o processo de conquista na América como "o maior genocídio" da história da humanidade.
Maduro fez essas declarações na terça-feira (2) durante sua participação na reabilitação da Unidade Educacional Nacional da Paróquia Macarao, área montanhosa no sudoeste de Caracas habitada em tempos pré-hispânicos pelos indígenas toromaimas, liderados pelo cacique Macarao, cujo território foi usado pelos conquistadores espanhóis para invadir a capital venezuelana a partir do atual estado de Aragua.
O presidente venezuelano referiu-se à resistência do cacique Caricuao, cujo território faz fronteira com Macarao, e disse que esse líder indígena, junto com sua família, resistiu à "invasão espanhola e ao colonialismo que veio para tomar a terra, as riquezas, estuprar mulheres, matar".
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Ofensa à história americana

O presidente venezuelano criticou que o monarca espanhol reivindique o colonialismo como um valor a ser enaltecido. "Com suas declarações, ele endossa o genocídio, os crimes, o estupro e o assassinato de milhões de homens e mulheres aqui nas terras da América durante o período da conquista", disse.
"Sangue e fogo foi o colonialismo do império espanhol sobre a América e o Caribe", acrescentou.
Em 25 de janeiro, durante os atos oficiais do quinto centenário da fundação da capital porto-riquenha, Felipe VI também disse que seu país "contribuiu" nas cidades que fundou com "sua língua, sua cultura, seu credo", além de "valores e princípios".
Não é a primeira vez que o presidente venezuelano se refere ao processo de colonização e conquista da América pela coroa espanhola.
Em outubro passado, ele chamou de "imensa ofensa" à história americana que o país europeu celebre o Dia da Herança Hispânica todo dia 12 de outubro. "A Espanha, mais cedo ou mais tarde, terá que retificar e reconhecer que houve 300 anos de colonialismo e crimes contra a humanidade", disse Maduro.
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