Após encontro com Scholz, Biden diz que Alemanha está marchando 'em sintonia' com Washington
18:14 07.02.2022 (atualizado: 05:44 08.02.2022)
© AP Photo / Alex BrandonO presidente Joe Biden fala durante uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz no Salão Oval da Casa Branca, segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022, em Washington
© AP Photo / Alex Brandon
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Ao receber o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou nesta segunda-feira (7) que Washington e Berlim estão trabalhando juntos na "crise na Ucrânia".
Na primeira visita de Estado de Olaf Scholz aos Estados Unidos, os líderes da Alemanha e dos EUA discutiram temas variados, principalmente a situação na Ucrânia.
"Para dizer o óbvio: a Alemanha é um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos. Estamos trabalhando em sintonia para deter ainda mais a agressão russa na Europa e enfrentar os desafios apresentados pela China", disse Joe Biden durante o encontro.
Biden não esclareceu a que "agressão" ele estava se referindo, tampouco ofereceu qualquer prova neste sentido. Ele e Scholz também discutiram a pandemia de COVID-19, as mudanças climáticas e outras questões.
A afirmação de Biden de que está trabalhando "em sintonia" com a Alemanha contra a Rússia aconteceu logo após relatos de que Berlim impediu a Estônia, membro da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte), de vender armas alemãs à Ucrânia.
O presidente norte-americano vem reafirmando que uma invasão russa é iminente, e ordenou o envio de quase três mil soldados "para proteger" a OTAN da possibilidade de um eventual ataque da Rússia.
Tune in as I hold a joint press conference with German Chancellor Olaf Scholz. https://t.co/SAr4TsFHRY
— President Biden (@POTUS) February 7, 2022
Sintonize enquanto dou uma conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
Antes do encontro, Olaf Scholz disse a repórteres que haverá um preço muito alto se a Rússia invadir a Ucrânia. No entanto, a postura de Scholz sobre o conflito vem sendo questionada, visto que, até o momento, a Alemanha não se posicionou de maneira enfática sobre o assunto.
Ao invés de enviar tropas ou armamentos, o chanceler optou por doar um hospital de campanha para Kiev, treinamento médico e cinco mil agentes para os atendimentos. Além disso, há o curioso episódio dos capacetes.
Os EUA alegaram por mais de três meses que uma "invasão" russa da Ucrânia era iminente, apesar de Moscou descartar a acusação como "notícia falsa" e até mesmo o governo de Kiev dizer que não há necessidade de pânico.
I look forward to welcoming German Chancellor Olaf Scholz to the White House this afternoon. We’re working together to support Ukraine’s sovereignty and territorial integrity, and we’re committed to making progress on COVID-19, climate change, and more.
— President Biden (@POTUS) February 7, 2022
Estou ansioso para receber o chanceler alemão Olaf Scholz na Casa Branca esta tarde [7]. Estamos trabalhando juntos para apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia e estamos comprometidos em progredir na COVID-19, nas mudanças climáticas e muito mais.
Ainda nesta segunda-feira (7), horas do seu encontro com Biden, Olaf Scholz disse que estava enviando 350 soldados alemães para a Lituânia.
Ele descreveu o desdobramento como uma "contribuição da Alemanha para o flanco leste da OTAN e um sinal claro de determinação aos nossos parceiros da aliança" militar.