Reino Unido aprova nova estrutura legal para impor sanções mais duras contra a Rússia
© AFP 2023 / Unidade de Gravação Parlamentar do Parlamento do Reino Unido (PRU)Uma captura de vídeo de imagens transmitidas pela Unidade de Gravação Parlamentar do Parlamento do Reino Unido (PRU) mostra o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fazendo uma declaração aos parlamentares, na Câmara dos Comuns em Londres em 31 de janeiro de 2022
© AFP 2023 / Unidade de Gravação Parlamentar do Parlamento do Reino Unido (PRU)
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O Parlamento do Reino Unido aprovou, nesta quinta-feira (10), uma nova estrutura legal que permite ao governo impor sanções mais duras contra empresas e indivíduos russos.
"O governo agora pode impor novas e duras sanções contra a Rússia, depois que a legislação foi introduzida no parlamento hoje [quinta-feira, 10] como parte de medidas para instar o Kremlin a encerrar sua campanha de agressão na Ucrânia", diz o comunicado publicado no site do governo britânico.
A nota especifica que "esta legislação fornece a estrutura para o regime de sanções mais duro que o Reino Unido já teve contra a Rússia". A lei foi assinada pelo ministro de Estado para a Europa, James Cleverly.
Agora, as autoridades britânicas poderão impor sanções a um número maior de empresas e indivíduos russos que operam em diversos setores de importância econômica e estratégica, especialmente químico, Defesa, indústrias extrativas, tecnologias de informação e comunicação e serviços financeiros, de acordo com o texto.
"O Reino Unido pode agora sancionar não apenas aqueles diretamente envolvidos na desestabilização da Ucrânia, mas também entidades e empresas afiliadas ao governo da Rússia que sejam de importância econômica e estratégica para o governo russo, bem como seus proprietários, diretores e administradores", garante o comunicado.
Nesta quinta-feira (10), o chanceler russo, Sergei Lavrov, se reuniu, em Moscou, com sua homóloga britânica, Liz Truss, que visitou a capital russa para tratar sobre os conflitos da Ucrânia e apresentar os detalhes das novas sanções.
10 de fevereiro 2022, 18:16
O Ocidente interpreta a movimentação de tropas russas perto da fronteira ucraniana como preparativos para uma eventual invasão.
A Rússia rejeita as suspeitas, defende o direito de mover forças dentro de seu próprio território como bem entender e acusa a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de buscar pretextos para enviar mais equipamentos militares para as proximidades das fronteiras russas.
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