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Japão anuncia que não pretende compartilhar energia nuclear com Estados Unidos

© REUTERS / PoolPremiê japonês Fumio Kishida, Tóquio, Japão, 14 de outubro de 2021
Premiê japonês Fumio Kishida, Tóquio, Japão, 14 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 01.03.2022
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O primeiro-ministro do país asiático, Fumio Kishida, se pronunciou sobre a questão durante o discurso desta segunda-feira (28) no Parlamento do país.
O premiê assegurou que sua nação não tem intenção de compartilhar sua energia nuclear com Washington, rejeitando assim a ideia de abrigar armas nucleares norte-americanas como medida dissuasora, informou a mídia local.
"É inaceitável dado o posicionamento de nosso país de manter os três princípios não nucleares", assegurou o chefe do governo durante seu pronunciamento em relação à atual situação na Ucrânia.
Suas declarações ocorrem logo depois que Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês entre 2012 e 2020, afirmou no domingo (27) na televisão que Tóquio deveria discutir com Washington a opção de compartilhar energia nuclear.

"É necessário entender como se mantém a segurança do mundo. Não devemos tornar tabu as discussões sobre a realidade que enfrentamos", sublinhou Abe. "Como país que sofreu bombardeios atômicos, devemos defender o objetivo de abolir as armas nucleares."

Mesmo que dependa do guarda-chuva nuclear dos EUA, o Japão mantém seus três princípios de não produzir, possuir ou permitir armas nucleares em seu território. Durante a Segunda Guerra Mundial, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram devastadas pelas bombas atômicas lançadas pelo país norte-americano.
Além do Reino Unido e França, cinco membros não nucleares da OTAN, Turquia, Alemanha, Itália, Bélgica e Países Baixos, possuem armas nucleares norte-americanas em seus territórios no quadro de acordos de intercâmbio nuclear.
O Japão juntou-se às sanções europeias contra a Rússia pela sua operação especial militar na Ucrânia. Em particular, nesta terça-feira (1º) o governo japonês decidiu congelar os ativos do presidente Vladimir Putin, do chanceler Sergei Lavrov e do vice-presidente do Conselho de Segurança Nacional, Dmitry Medvedev, entre outras figuras políticas.
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