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Lula diz que se for reeleito terá que tirar 'cerca de 8 mil militares' de cargos comissionados

© REUTERS / Edgard GarridoO ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fala durante evento com parlamentares do MORENA na Cidade do México, México, 2 de março de 2022
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fala durante evento com parlamentares do MORENA na Cidade do México, México, 2 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2022
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Há um tempo petista tem criticado a presença de militares em diversos cargos do governo e afirma que se for eleito novamente pode ter que dispensar cerca de oito mil pessoas ligadas às Forças Armadas.
Durante encontro na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nesta segunda-feira (4), o ex-presidente Lula afirmou que, caso eleito, pretende tirar quase oito mil militares que ocupam cargos comissionados, de acordo com O Globo.
"Nós vamos ter que começar o governo sabendo que vamos ter que tirar quase 8.000 militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar. Isso não pode ser motivo de bravata, tem que ser motivo de construção. Porque se a gente fizer bravata pode não fazer."
O petista revelou seu plano para os militares quando estava elencando as dificuldades e desafios que terá que enfrentar se voltar a ocupar a cadeira da presidência da República.
Lula já vem criticando a presença de militares na administração federal há um tempo. A forma de afastar os integrantes da Forças Armadas dos cargos de comissão no governo tem sido discutido no entorno do ex-presidente desde o ano passado, segundo a mídia.
© Folhapress / Airton SoaresLula, quando era presidente em 2006, em evento de cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro (foto de arquivo)
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa de cerimônia de cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2022
Lula, quando era presidente em 2006, em evento de cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro (foto de arquivo)
Na última sexta-feira (1º), o ex-mandatário disse que "o papel dos militares não é ficar puxando saco do Bolsonaro. Os militares são uma instituição do povo brasileiro para defender o povo brasileiro de inimigos externos. Não tem que ficar puxando saco do presidente, seja Lula, seja Bolsonaro", conforme noticiado.
Entretanto, durante seu discurso hoje (4), o petista afirmou que prevê uma "eleição complicada" contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Não vai ser fácil, não é uma guerra que está ganha. É uma guerra que a gente pode ganhar."
Na última pesquisa Datafolha publicada no dia 24 de março, Lula aparece com 43% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro com 26%.
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