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13,5 bilhões de anos-luz: astrônomos descobrem galáxia mais distante do planeta Terra (FOTO)

© Foto / Harikane et al.Registro da galáxia HD1, a mais distante já registrada na história
Registro da galáxia HD1, a mais distante já registrada na história - Sputnik Brasil, 1920, 07.04.2022
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Batizada de HD1, a galáxia pode ser o objeto astronômico mais afastado do nosso planeta já encontrado, estando a uma distância de 13,5 bilhões de anos-luz.
A descoberta foi realizada por uma equipe internacional de astrônomos, incluindo especialistas do Centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian. O pesquisador Yuichi Harikane, da Universidade de Tóquio, detalhou em entrevista ao EurekAlert a sua emoção durante o primeiro encontro com a HD1.

"Foi um trabalho muito difícil encontrar HD1 entre mais de 700.000 objetos. A cor vermelha da HD1 combinava com as características esperadas de uma galáxia a 13,5 bilhões de anos-luz de distância surpreendentemente bem, me dando até arrepios quando a encontrei", contou Yuichi.

O estudo foi publicado nesta quinta-feira (7) na revista acadêmica Astrophysical Journal e simultaneamente um segundo projeto foi apresentado na publicação Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters, onde os cientistas explicaram suas teorias sobre a galáxia.
Grande Nuvem de Magalhães é uma galáxia anã satélite que orbita a Via Láctea - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2022
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Movimentação estelar na Grande Nuvem de Magalhães pode explicar origem das galáxias (FOTO)
De acordo com o estudo, uma das teorias indica que a galáxia teria uma formação estelar em ritmo alucinante e seria o lar de estrelas da População III, as primeiras do Universo e que até hoje nunca foram observadas. A outra hipótese é que no centro da HD1 estaria um buraco negro supermassivo com cerca de 100 milhões de vezes a massa do nosso Sol.

"Responder a perguntas sobre a natureza de uma fonte tão distante pode ser um desafio. É como adivinhar a nacionalidade de um navio pela bandeira que ele carrega, estando distante em terra firme, com o navio no meio de um vendaval e neblina densa. É possível ver algumas cores e formas da bandeira, mas não em sua totalidade. Em última análise, é um longo jogo de análise e exclusão de cenários implausíveis", explicou Fabio Pacucci, astrofísico e líder do estudo.

A esperança dos pesquisadores é conseguir tirar todas as dúvidas e comprovar as teorias utilizando o telescópio espacial James Webb. A previsão é de que o telescópio inicie seus trabalhos de observação em maneira integral até o final deste ano.
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