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Espanha e Portugal podem acabar 'deixando França no escuro' para manter preços de energia, diz mídia

© AP Photo / David RamosA usina nuclear de Ascó, na Catalunha, na Espanha, fotografada em 15 de abril de 2008
A usina nuclear de Ascó, na Catalunha, na Espanha, fotografada em 15 de abril de 2008 - Sputnik Brasil, 1920, 19.04.2022
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Madri anunciou que não pode manter os preços baixos no país sem interromper as exportações para seu vizinho do norte, afirma um grande jornal.
Nesta segunda-feira (18), a Espanha informou a Comissão Europeia que um plano conjunto de redução de preços com Portugal pode implicar na restrição das vendas de energia para a França, de acordo com El País.
Madri é o maior fornecedor individual de eletricidade importada de seu vizinho do norte, e a restrição potencial ocorre quando toda a União Europeia (UE) enfrenta os crescentes custos de energia.
Espanha e Portugal concordaram no final de março em limitar o preço do gás usado na geração de eletricidade ao equivalente a € 30,00 por megawatt/hora (cerca de R$ 150,73). Enquanto Bruxelas concedeu a ambos os países uma exceção às suas regras normais e permitiu que esse acordo fosse adiante, Madri e Lisboa deram más notícias aos eurocratas.
De acordo com os documentos citados pelo jornal, Espanha e Portugal vão ter de impor "algumas restrições" à venda de energia para França.
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De acordo com um sistema alternativo originalmente proposto por Madri, a eletricidade exportada para França seria cobrada a uma taxa superior à consumida na península ibérica. De acordo com El País, as autoridades em Bruxelas estão preocupadas que esse acordo viole as regras de mercado do bloco, uma vez que a Alemanha e os países nórdicos se opõem ferozmente a essa ideia.
O Colégio de Comissários da UE vai discutir o assunto em sua próxima reunião, que ocorre normalmente toda semana.
Embora a França seja um exportador líquido de eletricidade, ainda importa cerca de 34% de sua energia, de acordo com os números de 2020. A Espanha, mais do que qualquer outro país, fornece a maior parte disso.
Os preços da eletricidade dispararam em toda a UE, com os clientes pagando 45% a mais em março do que no ano anterior. Os preços crescentes foram impulsionados pela incerteza sobre se a UE vai ou não embargar as importações de gás da Rússia e por choques nos mercados globais de energia como resultado do conflito na Ucrânia. A inflação vertiginosa em todo o mundo ocidental também aumentou as contas de eletricidade.
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