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Ex-chefe de negócios do WhatsApp lamenta venda ao Facebook: 'Monstro que devora dados de usuários'

© AFP 2023 / Denis CharletLogotipo do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp em tablete em Lille, França, 23 de março de 2022
Logotipo do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp em tablete em Lille, França, 23 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 06.05.2022
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O aplicativo da rede social WhatsApp foi vendido ao Facebook por US$ 22 bilhões em 2014, com a expetativa original de ser amigável aos usuários, de acordo com um ex-chefe de negócios do WhatsApp.
Neeraj Arora, ex-chefe de negócios do WhatsApp, escreveu na quarta-feira (4) que se arrepende de ter vendido o aplicativo homônimo ao Facebook (agora chamado Meta, organização extremista proibida na Rússia) em 2014.
Se você usou WhatsApp nos primeiros tempos, você se lembra o que tornou o produto especial:
Comunicações internacionais.
Para pessoas (como eu) com família em múltiplos países, WhatsApp foi uma forma de nos mantermos conectados, sem pagar SMS de grande distância ou taxas de chamado.
O WhatsApp fez dinheiro cobrando U$ 1 para descarregar o aplicativo.
E o Facebook (disse que) apoiava nossa missão e visão.
Brian [Acton, cofundador do WhatsApp] até escreveu esta nota famosa:
Sem propaganda!
Sem jogos!
Sem artimanhas!
Para o ex-chefe de negócios do WhatsApp, a visão original do produto era não extrair dados dos usuários, não vigiar os usuários e não colocar propaganda, tudo pontos originalmente prometidos e apoiados pelo Facebook antes da aquisição.
"As empresas de tecnologia têm de saber admitir quando fizeram mal. Ninguém sabia no princípio que o Facebook se tornaria um monstro de Frankenstein que devora dados de usuários e cospe dinheiro sujo. Nós também não", sublinhou ele, em provável referência ao escândalo de Cambridge Analytica, uma empresa britânica de análise de dados digitais que teve acesso à informação pessoal de 50 milhões de usuários da rede social.
Arora expressou desagrado pela direção tomada pelo WhatsApp.
"Hoje, o WhatsApp é a segunda maior plataforma do Facebook (até maior que Instagram ou FB Messenger), mas é uma sombra do produto em que depositamos nosso coração, e queríamos construir para o mundo, e não sou o único que lamenta que se tenha tornado parte do Facebook no momento em que o fez", comentou ele.
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