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Global Times: países do BRICS devem lidar juntos com efeitos das sanções impostas à Rússia

© Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante foto de família dos Líderes dos BRICS (foto de arquivo)
Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante foto de família dos Líderes dos BRICS (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 10.05.2022
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Os países emergentes devem lidar em conjunto com as consequências das sanções ocidentais aplicadas à Rússia, que causam danos a toda a economia mundial, escreve a jornalista do Global Times Wang Jiamei.
Conforme a autora do artigo, o embargo coletivo contra o petróleo russo pode levar a mais instabilidade em toda a economia global:

"Enquanto os EUA e seus aliados parecem mais determinados do que nunca em infligir dano econômico à Rússia, tais sanções são uma faca de dois gumes para o Ocidente, porque a Rússia é o principal fornecedor mundial de recursos energéticos", aponta Wang Jiamei.

De acordo com suas palavras, a incerteza na questão das entregas do petróleo russo empurra para cima seu preço no mercado mundial, o que apenas agrava o problema da inflação. E isso, por sua vez, pode se tornar um obstáculo grave para as economias dos Estados Unidos e de seus aliados.

"O pior ainda é que se tornou evidente que as sanções ocidentais contra a Rússia serão um fator negativo duradouro para a economia global. E as consequências terríveis dessas sanções serão a reestruturação dos padrões globais de entregas e comércio de energia, a consolidação do domínio ocidental nos sistemas financeiros, econômicos e comerciais", considera a jornalistas chinesa.

Ela destaca especialmente as consequências para os países onde a economia do mercado ainda se está formando e para os países emergentes. Na opinião da autora, é óbvio que os países em desenvolvimento nem sempre seguem passivamente o exemplo do "mundo desenvolvido". Particularmente, a Índia recusa obedecer aos EUA e a seus aliados na questão das sanções contra Moscou, porque sua economia não pode se dar ao luxo de fazer sacrifícios tão grandes.
Nesse contexto, a autora exorta os países emergentes a considerarem métodos para intensificar sua coordenação econômica, a fim de combater os choques causados pelas ações do Ocidente.

"É importante sublinhar que os países em desenvolvimento têm de procurar uma solução através da cooperação financeira e comercial. Ainda mais, chegou a hora de os países emergentes, como os membros do BRICS, darem o primeiro passo estabelecendo o seu próprio mecanismo de coordenação financeira", resumiu.

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