EUA condenam ações da polícia israelense no funeral de jornalista da Al Jazeera assassinada
© AP Photo / Maya LevinA polícia israelense confronta palestinos enquanto carregam o caixão da jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh durante seu funeral, em Jerusalém, em 13 de maio de 2022
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O governo dos Estados Unidos criticou as ações da polícia de Israel no funeral da jornalista palestina Shireen Abu Akleh, morta a tiros, em 11 de maio, enquanto cobria uma operação do exército israelense na Cisjordânia.
No funeral, nesta sexta-feira (13), em Jerusalém, as forças israelenses, com um forte aparato de segurança, espancaram pessoas que agitavam a bandeira palestina em memória à jornalista.
Las fuerzas israelíes atacan el funeral de Shireen Abu Akleh, la periodista de Al Jazeera asesinada por un francotirador del ejército. pic.twitter.com/dtMFF4MjZO
— Jonathan Martínez (@jonathanmartinz) May 13, 2022
As forças israelenses atacam o funeral de Shireen Abu Akleh, a jornalista da Al Jazeera assassinada por um franco-atirador do exército.
O presidente dos EUA, Joe Biden, qualificou o evento como "perturbador" e pediu uma investigação sobre as ações da polícia de Israel.
Já o secretário de Estado, Anthony Blinken, condenou o que chamou de "intrusão" dos policiais, afirmando que "toda família merece enterrar seus entes queridos de maneira digna e desimpedida".
We were deeply troubled by the images of Israeli police intruding into the funeral procession of Palestinian American Shireen Abu Akleh. Every family deserves to lay their loved ones to rest in a dignified and unimpeded manner.
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) May 13, 2022
Ficamos profundamente perturbados com as imagens da polícia israelense invadindo o cortejo fúnebre da palestina-americana Shireen Abu Akleh. Toda família merece colocar seus entes queridos para descansar de maneira digna e desimpedida.
© AP Photo / Majdi MohammedJornalistas cercam o corpo de Shireen Abu Akleh, da rede Al Jazeera, no necrotério do Hospital na cidade de Jenin, na Cisjordânia, 11 de maio de 2022
Jornalistas cercam o corpo de Shireen Abu Akleh, da rede Al Jazeera, no necrotério do Hospital na cidade de Jenin, na Cisjordânia, 11 de maio de 2022
© AP Photo / Majdi Mohammed
A Al Jazeera acusa as forças israelenses de terem assassinado Shireen Abu Akleh, durante a cobertura na cidade palestina de Jenin.
O Exército israelense alega que seus homens foram atacados com tiros e explosivos enquanto operavam em Jenin, razão pela qual atiraram, mas afirmou que está investigando o caso.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair LapidIsrael, ofereceu aos palestinos uma investigação conjunta para apurar as circunstâncias sobre a morte da repórter.
"Oferecemos aos palestinos uma investigação conjunta sobre a infeliz morte do jornalista Shireen Abu Akleh. Os jornalistas devem ser protegidos no campo de batalha e devemos chegar à verdade", declarou o ministro.
Walid al Omary, chefe do escritório da Al Jazeera em Ramallah, cidade que abriga a sede do Governo do Estado da Palestina, questionou a versão israelense, afirmando que os palestinos armados não abriram fogo.
"Em um assassinato flagrante, violando as leis e normas internacionais, as forças de ocupação israelenses assassinaram a sangue frio a correspondente da Al Jazeera na Palestina", disse a emissora.