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China divulga documento esclarecendo objetivos do novo pacto regional no Pacífico
China divulga documento esclarecendo objetivos do novo pacto regional no Pacífico
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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, está atualmente em uma viagem por oito nações do Pacífico que rendeu uma série de acordos com países como... 31.05.2022, Sputnik Brasil
2022-05-31T10:55-0300
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Nesta terça-feira (31), a China divulgou o Documento de Posição sobre Respeito Mútuo e Desenvolvimento Comum com os Países Insulares do Pacífico, revelando os propósitos do pacto regional, o primeiro desse tipo, em 15 pontos. Ao sediar a segunda reunião de ministros das Relações Exteriores China-Países Insulares do Pacífico em Fiji, na segunda-feira (30), o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, prometeu trazer um documento para "continuar a se envolver em discussões ativas e práticas para construir mais consenso" sobre o pacto regional. O pacto regional está planejado com dez nações do Pacífico – Samoa, Fiji, Tonga, Kiribati, Papua-Nova Guiné, Vanuatu, Ilhas Salomão, Niue, Micronésia e Ilhas Cook. Além disso, também propôs cooperação em segurança cibernética e ameaças de segurança não tradicionais, características críticas do projeto de acordo. Pequim propôs nomear um "enviado especial para os assuntos dos países insulares do Pacífico" e apoiar as companhias aéreas para lançarem voos entre a China e os países do Pacífico depois que a COVID-19 esteja sob controle. O documento se concentrou principalmente em várias medidas relacionadas à agricultura, saúde, setor marinho e comércio para aumentar significativamente a renda da região, onde um quarto da população total ainda vive abaixo da "linha de pobreza das necessidades básicas" (o Banco Mundial considera US$ 1,90 por dia, o equivalente a R$ 9, como o limite mínimo de renda para uma pessoa sobreviver). Além dos tópicos mencionados, a China também planeja estabelecer o Instituto Confúcio e a Sala de Aula Confúcio nos países do Pacífico para explorar a cooperação cultural.Os EUA e seus aliados do Pacífico estavam preocupados com o pacto regional proposto, observando que o acordo está sendo promovido pela China de maneira não transparente. A China alertou o Ocidente para não interferir nas decisões tomadas pelas nações do Pacífico. Na segunda-feira (30), o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que as nações insulares do Pacífico chegaram a um "novo e amplo consenso" sobre o aprofundamento da cooperação com a China, "dando um passo importante para chegar ao acordo final". O embaixador da China em Fiji, Qian Bo, admitiu que novas discussões vão ser realizadas, já que os membros têm "algumas preocupações em algumas questões específicas" sobre o acordo regional proposto. Antes da reunião, o presidente da Federação dos Estados da Micronésia, David Panuelo, havia declarado que as nações do Pacífico deveriam rejeitar o plano, temendo que ele pudesse desencadear uma nova "guerra fria" entre a China e o Ocidente.
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China divulga documento esclarecendo objetivos do novo pacto regional no Pacífico
10:55 31.05.2022 (atualizado: 07:22 07.06.2022) O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, está atualmente em uma viagem por oito nações do Pacífico que rendeu uma série de acordos com países como Ilhas Salomão, Fiji, Samoa e Kiribati.
Nesta terça-feira (31), a China
divulgou o Documento de Posição sobre Respeito Mútuo e Desenvolvimento Comum com os Países Insulares do Pacífico,
revelando os propósitos do pacto regional, o primeiro desse tipo, em 15 pontos.
Ao sediar a segunda reunião de ministros das Relações Exteriores China-Países Insulares do Pacífico em Fiji, na segunda-feira (30), o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, prometeu trazer um documento para "continuar a se envolver em discussões ativas e práticas para construir mais consenso" sobre o pacto regional.
O
pacto regional está planejado com
dez nações do Pacífico – Samoa, Fiji, Tonga, Kiribati, Papua-Nova Guiné, Vanuatu, Ilhas Salomão, Niue, Micronésia e Ilhas Cook.
O documento não mencionou o livre comércio ou policiamento conjunto, mas prometeu apoiar "segurança abrangente, cooperativa e sustentável" para promover a paz e a segurança regionais nos signatários do acordo.
Além disso, também propôs cooperação em segurança cibernética e ameaças de segurança não tradicionais, características críticas do projeto de acordo.
Pequim propôs nomear um "
enviado especial para os assuntos dos países insulares do Pacífico" e apoiar as companhias aéreas para lançarem voos entre a
China e os países do Pacífico depois que a COVID-19 esteja sob controle.
O documento se concentrou principalmente em várias medidas relacionadas à agricultura, saúde, setor marinho e comércio para aumentar significativamente a renda da região, onde um quarto da população total ainda vive abaixo da "linha de pobreza das necessidades básicas" (o
Banco Mundial considera US$ 1,90 por dia, o equivalente a R$ 9, como o
limite mínimo de renda para uma pessoa sobreviver).
Além dos tópicos mencionados, a China também planeja estabelecer o Instituto Confúcio e a Sala de Aula Confúcio nos países do Pacífico para explorar a cooperação cultural.
Em comentários velados direcionados ao Ocidente, Pequim pediu respeito pela "independência, soberania e integridade territorial" das nações insulares do Pacífico.
Os
EUA e seus aliados do Pacífico estavam preocupados com o pacto regional proposto, observando que o acordo está sendo promovido pela China de
maneira não transparente. A China alertou o Ocidente para não interferir nas decisões tomadas pelas nações do Pacífico.
Na segunda-feira (30), o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que as nações insulares do Pacífico chegaram a
um "novo e amplo consenso" sobre o aprofundamento da cooperação com a China, "dando um passo importante para chegar ao
acordo final".
O embaixador da China em Fiji, Qian Bo, admitiu que novas discussões vão ser realizadas, já que os membros têm "algumas preocupações em algumas questões específicas" sobre o acordo regional proposto.
O primeiro-ministro de Fiji, Bainimarama, disse que a reunião conjunta de ministros das Relações Exteriores manteve uma abordagem de "consenso em primeiro lugar" quando se trata de "acordos regionais".
Antes da reunião, o presidente da Federação dos Estados da Micronésia, David Panuelo, havia declarado que as nações do Pacífico deveriam rejeitar o plano, temendo que ele pudesse desencadear uma nova "guerra fria" entre a China e o Ocidente.