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EUA estão 'infinitamente' mais divididos agora do que durante a Guerra do Vietnã, opina Kissinger
EUA estão 'infinitamente' mais divididos agora do que durante a Guerra do Vietnã, opina Kissinger
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Ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger acredita que os EUA estão mais divididos hoje do que durante a Guerra do Vietnã. 12.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-12T10:56-0300
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Kissinger, que é uma referência na geopolítica, afirmou em uma entrevista ao jornal The Sunday Times que os EUA estão "infinitamente" mais divididos atualmente do que na época da Guerra do Vietnã (1955-1975). Em sua opinião, no início dos anos 1970 ainda era possível a cooperação entre os partidos Republicano e Democrata dos EUA, e o "interesse nacional" era um conceito "significativo" e não era em si um assunto de discussão. Mas hoje, segundo Kissinger, toda a administração nos EUA está enfrentando "hostilidade incessante" da oposição, que se baseia em premissas diferentes. Além disso, de acordo com ex-secretário do Estado, para os EUA a expectativa de que a China se torne "ocidental" não é mais uma estratégia válida. Kissinger não acredita que o domínio mundial seja um "conceito chinês", mas considera que a China pode se tornar tão "poderosa", acrescentando que isso "não está nos interesses" dos EUA. Em relação a Rússia, ele observou que é necessário "encontrar um lugar" para Moscou após a conclusão da operação especial na Ucrânia. De acordo com o antigo secretário de Estado dos EUA, os membros da OTAN uniram-se devido aos acontecimentos na Ucrânia porque isso "lhes lembrou as antigas ameaças". No final de maio, durante participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Kissinger disse que a Ucrânia deveria se tornar um país neutro. O status neutro, não nuclear e sem bloco da Ucrânia está entre as principais demandas do lado russo. Em março, Kiev expressou sua disposição de concordar com essas condições durante as negociações em Istambul, mas depois mudou sua posição.
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EUA estão 'infinitamente' mais divididos agora do que durante a Guerra do Vietnã, opina Kissinger
Ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger acredita que os EUA estão mais divididos hoje do que durante a Guerra do Vietnã.
Kissinger, que é uma referência na geopolítica, afirmou em uma
entrevista ao jornal The Sunday Times que os EUA estão "infinitamente" mais divididos atualmente do que na
época da Guerra do Vietnã (1955-1975).
"Sim, infinitamente mais", disse ele respondendo à pergunta do jornal.
Em sua opinião, no início dos anos 1970 ainda era possível a cooperação entre os partidos Republicano e Democrata dos EUA, e o "interesse nacional" era um conceito "significativo" e não era em si um assunto de discussão.
Mas hoje, segundo Kissinger, toda a
administração nos EUA está enfrentando "hostilidade incessante" da oposição, que se baseia em premissas diferentes.
Além disso, de acordo com ex-secretário do Estado, para os EUA a expectativa de que a China se torne "ocidental" não é mais uma estratégia válida.
Kissinger não acredita que o
domínio mundial seja um "conceito chinês", mas considera que a China pode se tornar tão "poderosa", acrescentando que isso "não está nos interesses" dos EUA.
Em relação a Rússia, ele observou que é necessário "encontrar um lugar" para Moscou após a conclusão da operação especial na Ucrânia.
"A questão agora é como terminar o conflito na Ucrânia. Após sua conclusão é necessário encontrar um lugar para a Ucrânia, bem como para a Rússia, se não quisermos que a Rússia se torne um posto avançado da China na Europa", disse ele em entrevista.
De acordo com o antigo secretário de Estado dos EUA, os membros da OTAN uniram-se devido aos acontecimentos na Ucrânia porque isso "lhes lembrou as antigas ameaças".
No final de maio, durante participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Kissinger disse que a
Ucrânia deveria se tornar um país neutro.
O status neutro, não nuclear e sem bloco da Ucrânia está entre as principais demandas do lado russo. Em março, Kiev expressou sua disposição de concordar com essas condições durante as negociações em Istambul, mas depois mudou sua posição.