Taiwan e EUA discutem armas e estratégias para defesa da ilha contra Pequim

© AP PhotoCaça Mirage fabricado na França decola de uma base aérea perto de Pingtung, no sul de Taiwan, 27 de maio de 2022
Caça Mirage fabricado na França decola de uma base aérea perto de Pingtung, no sul de Taiwan, 27 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.06.2022
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Negociações acontecem após duras declarações de Pequim que vai rechaçar qualquer esforço para tornar Taiwan independente.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), Taiwan e EUA devem iniciar suas conversas anuais de segurança ainda esta semana, delineando o melhor armamento e estratégias de defesa à medida que as tensões aumentam no estreito de Taiwan.
Iniciadas nesta quarta-feira (15) em Washington, as negociações ocorrem depois que o ministro da Defesa chinês, general Wei Fenghe, alertou, no domingo (12), que qualquer tentativa de separar a ilha do continente desencadearia uma ação militar das forças de Pequim.
"Taiwan e os EUA têm muitos mecanismos de diálogo bilateral que permitem que os dois lados tenham uma comunicação regular e próxima. Quanto aos detalhes dos diálogos, o Ministério das Relações Exteriores não faria nenhum comentário com base em nosso entendimento tácito e práticas anteriores", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores taiwanês, Joanne Ou.
Segundo a porta-voz ministerial, os dois lados devem aprofundar ainda mais sua parceria e cooperação.
Para a mídia local Taipei News, Washington vai se concentrar na atualização dos equipamentos já existentes, em vez de fornecer novas armas à ilha, ajudando a "melhorar as capacidades imediatas de combate como resposta às incertezas na situação através do estreito", disse o jornal citando um alto funcionário de segurança nacional não identificado.
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A estratégia atual parece diferente da gestão Trump, cujas vendas de armas a Taiwan se concentraram em novos equipamentos, afirmou a fonte.
Dentro dos tópicos de negociação está a cooperação com o corpo de fuzileiros navais da ilha, já que o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA ajustou sua estratégia para atuar como "forças de emergência" para uma rápida implantação na primeira cadeia de ilhas.
O pesquisador sênior da Fundação Nacional de Políticas Chieh Chung disse ao SCMP que dos quatro acordos de armas aprovados pelo presidente dos EUA, desde que ele assumiu o cargo em janeiro do ano passado, três são relacionados a componentes militares e peças de reposição, bem como suporte técnico e logístico para manter as operações normais dos sistemas de defesa de Taiwan.
"O único acordo que poderia reforçar nossa defesa incluía 40 obuseiros autopropulsados Paladin M109A6, mas o governo Biden adiou o acordo indefinidamente", disse Chieh.
Para o analista, a postura adotada pelo governo Biden parece ser a mesma que a de Trump, mas priorizando componentes e suporte logístico em seus termos, em vez da venda de armas.
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