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Governo britânico confirma extradição de Julian Assange para os EUA

© AP Photo / Alastair GrantApoiadores de Julian Assange seguram cartazes do ativista do WikiLeaks junto da Corte dos Magistrados de Westminster em Londres, Reino Unido, 20 de abril de 2022
Apoiadores de Julian Assange seguram cartazes do ativista do WikiLeaks junto da Corte dos Magistrados de Westminster em Londres, Reino Unido, 20 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.06.2022
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Nesta sexta-feira (17) as autoridades do Reino Unido confirmaram a extradição do fundador do grupo WikiLeaks, Julian Assange, para os EUA.
"Em 17 de junho, após a consideração tanto pelo Tribunal de Magistrados quanto pelo Supremo Tribunal, foi ordenada a extradição do sr. Julian Assange para os EUA. O sr. Assange mantém o direito de recorrer no prazo de 14 dias", comunicou o Ministério do Interior britânico.
Por sua vez, a defesa de Assange apresentou em maio um pedido à ministra do Interior do país, Priti Patel, para bloquear a sua extradição.
O Ministério do Interior acrescentou que os tribunais britânicos "não consideram que seria opressivo, injusto ou um abuso processual extraditar o sr. Assange".

"Não foi concluído que a extradição seria incompatível com seus direitos humanos, incluindo o seu direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão, e [foi considerado] que, enquanto estiver nos EUA, ele será tratado de forma adequada, inclusive em relação à sua saúde", lê-se no comunicado.

Na sequência desta decisão, o fundador do WikiLeaks pode apresentar recurso no Supremo Tribunal de Londres, que deve conceder autorização para prosseguir ou levar o caso ao Supremo Tribunal do Reino Unido. No entanto, se o pedido for rejeitado, Assange deve ser extraditado para os EUA no prazo de 28 dias.
A WikiLeaks publicou uma extensa declaração criticando a decisão das autoridades britânicas, afirmando que vai recorrer da decisão.
"Este é um dia negro para a liberdade de imprensa e para a democracia britânica. Qualquer pessoa neste país que se preocupa com a liberdade de expressão deve estar profundamente envergonhado de a ministra do Interior ter aprovado a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, o país que planejou o seu assassinato", comunicou a organização.
Stella Assange, esposa do fundador do WikiLeaks, reagiu à decisão, salientando que Julian não é um criminoso.
"Ele não cometeu nenhum crime e não é um criminoso. Ele é um jornalista e editor, e está sendo punido por fazer seu trabalho".
"Hoje não é o fim da luta. É apenas o começo de uma nova batalha legal", acrescentou ela.
Assange é indiciado pelos EUA por múltiplas acusações de suposta espionagem e hacking, o que resultou na publicação pelo WikiLeaks de documentos classificados expondo supostos crimes de guerra dos EUA no Afeganistão e Iraque.
Apoiadores do fundador do WikiLeaks Julian Assange participam de um protesto em Londres para apoiá-lo em uma audiência administrativa para seu caso de extradição, em 26 de novembro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 20.04.2022
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Tribunal de Londres emite ordem de extradição de Julian Assange para os EUA
Assange enfrenta 18 acusações nos EUA, que podem lhe dar uma sentença máxima de 175 anos de reclusão. Ele já cumpriu três anos na prisão de Belmarsh, em Londres, enquanto aguarda a extradição.
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