China 'se envolve em práticas comerciais desleais', diz secretária do Tesouro dos EUA
© AFP 2023 / NICHOLAS KAMMA secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, testemunha perante o Comitê de Finanças do Senado sobre o pedido de orçamento proposto pelo presidente dos EUA para o ano fiscal de 2023, no Capitólio, em Washington, DC, 7 de junho de 2022
© AFP 2023 / NICHOLAS KAMM
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Janet Yellen disse que o presidente Biden estava revisando as tarifas do governo Trump, mas não mencionou qualquer tarifa ou disse quando o governo pode tomar decisão sobre a matéria.
Neste domingo (19), a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que algumas tarifas sobre a China, herdadas da gestão Trump, não serviram para "nenhum propósito estratégico".
"O presidente Biden está revisando a política tarifária em relação à China", afirmou a secretária em entrevista à ABC News.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), a autoridade revelou que a revisão pode ser mais uma estratégia para conter o avanço da inflação no país.
"Todos nós reconhecemos que a China se envolve em uma série de práticas comerciais desleais e é importante que se diga isto, mas as tarifas que herdamos, algumas não servem a propósitos estratégicos e aumentam os custos para os consumidores", acrescentou.
Sem entrar em detalhes sobre qualquer tarifa em específico, Yellen também não propôs qualquer data sobre quando o governo deve tomar uma decisão.
O presidente Joe Biden está considerando remover algumas das tarifas impostas a centenas de bilhões de dólares em produtos chineses em meio a guerra comercial em que as duas maiores economias do mundo se encontram.
Tanto Yellen quanto a secretária de Energia Jennifer Granholm reiteraram a posição de Biden de que uma recessão "não é inevitável", uma preocupação crescente para os principais executivos dos EUA, o Federal Reserve (Fed) e o governo Biden. Entretanto, apesar disso, na visão da secretária do Tesouro tanto o mercado de trabalho quanto os gastos do consumidor permaneceriam fortes.
"O mercado de trabalho é muito forte, sem dúvida o mais forte do período pós-guerra", disse Yellen à ABC News, reconhecendo que a inflação está "inaceitavelmente alta" e que a economia deve desacelerar pelos próximos meses.