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EUA: exportações de microchips para a Rússia caem 90% e prejudicam fabricação de mísseis e tanques

© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia / Acessar o banco de imagensLançamento de teste de novo míssil para sistema de defesa antimíssil russo em polígono no Cazaquistão
Lançamento de teste de novo míssil para sistema de defesa antimíssil russo em polígono no Cazaquistão - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2022
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As remessas mundiais de microchips para a Rússia caíram quase 90% desde que as restrições às exportações para o país foram introduzidas, deixando os fabricantes de armas no país sem suprimentos cruciais para produzir armas de precisão, como mísseis guiados e tanques, disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo.
As declarações dela foram dadas em um discurso nesta quarta-feira (29).

"Desde que os controles [sanções econômicas impostas ao Kremlin] foram implementados, as exportações globais de semicondutores para a Rússia, de todas as fontes, diminuíram quase 90%, deixando as empresas russas sem os chips necessários para uma ampla variedade de produtos, incluindo armas como mísseis guiados de precisão e tanques", afirmou Raimondo no discurso, em uma conferência realizada pelo Gabinete de Indústria e Segurança.

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Panorama internacional
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Raimondo disse que os chamados controles aeroespaciais implementados pelos Estados Unidos e seus aliados têm restringido a capacidade da Rússia de gerar receita, reabastecer e apoiar seu setor de aviação militar.

"A Rússia pode ser forçada a encalhar entre metade e dois terços de suas aeronaves comerciais até 2025 a fim de canibalizá-las para peças de reposição", afirmou.

Para aplicar agressivamente seu regime de sanções contra a Rússia, na terça-feira (28) os Estados Unidos identificaram e adicionaram à sua lista várias partes na China e em outros lugares que foram contratados para fornecer insumos variados à Rússia após a operação militar especial na Ucrânia, disse Raimondo.
Os Estados Unidos também estão se reengajando com o mundo oriental para agir contra a Rússia por meio do Conselho de Comércio e Tecnologia UE-EUA (TTC, na sigla em inglês).
Segundo a secretária de Comércio, o TTC tem sido vital para permitir a cooperação que habilitou Estados Unidos e seus aliados a implementar, rápida e efetivamente, os controles de exportação estabelecidos contra a Rússia, além de permitir uma maior coordenação nessa frente nos próximos meses.
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A Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, após as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pedirem ajuda para se defenderem da intensificação dos ataques ucranianos.
Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está sendo visada. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país.
Em retaliação à operação, os EUA, a União Europeia (UE) e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 10.920 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais que o triplo das 3.637 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.614), a Coreia do Norte (2.111), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).
Casa Branca, em Washington, em 19 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.06.2022
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